Farsul recomenda cautela nas compras de insumos e máquinas

Os produtores em todo o país estão avaliando a realização do movimento “Compra Zero” para insumos e investimentos nas propriedades como forma de forçar negociação com os fornecedores.

O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, revelou em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira 17 que os produtores em todo o país estão avaliando a realização do movimento “Compra Zero” para insumos e investimentos nas propriedades como forma de forçar negociação com os fornecedores. Sperotto disse que há casos em que os reajustes superam 100%, como nos equipamentos de irrigação.

Alertou também que, em contrapartida, os preços das “commodities” agrícolas estão estacionados ou em queda. Para Sperotto, “as altas nos preços dos fertilizantes e do maquinário não se justificam”. Segundo ele, “é melhor consertar as máquinas antigas do que investir em novas”.

Sperotto, que também presidente da Comissão Nacional de Crédito Rural da CNA, disse que 14 federações estaduais de agricultura já aprovaram a proposta de “Compra Zero” que será avaliada na próxima segunda-feira, dia 22, em encontro nacional a ser realizado em Campo Grande (MS). Sperotto advertiu que se não houver solução para os altos custos dos insumos e máquinas, em última instância, será feita denúncia de cartelização ao Cade.

O presidente da Farsul divulgou ainda documento em que integrantes da Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM) pedem livre comercialização de insumos, fertilizantes e defensivos no bloco, com objetivo de nivelar preços. Hoje existe muita disparidade entre os valores praticados nos diferentes países.

O Grupo Farm, representando a iniciativa privada, passou a integrar o Conselho Agropecuário do Sul (CAS), formado pelos quatro países do Mercosul, mais Bolívia e Chile.

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