Federarroz: anúncio de R$ 300 milhões da Conab ao setor revela sensibilidade e diálogo
Foto: Érika Ferraz/AgroEffective
(Por Artur Chagas, AgroEffective) A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e outras entidades representativas do setor estiveram reunidas com a direção da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) negociando uma antecipação de aporte de recursos para a safra atual visando atenuar a grave situação de liquidez e dificuldades de crédito que passa o setor orizícola. Neste sentido, o presidente da Conab, Edegar Pretto, anunciou uma antecipação de R$ 300 milhões, que seriam destinados em 2026, para a safra atual.
Conforme Pretto, serão R$ 200 milhões em Aquisições do Governo Federal (AGF). O mecanismo é acionado pela Conab quando os preços de mercado do arroz caem abaixo do preço mínimo estabelecido pelo governo. O objetivo é garantir uma renda mínima para os produtores em momentos de excesso de oferta, estabilizando o mercado.
Já outros R$ 100 milhões serão usados para subvenção, através do Prêmio de Escoamento de Produto (PEP) ou Prêmio de Escoamento ao Produtor (Pepro). O objetivo é garantir um preço mínimo para o produtor e ajudar a escoar a produção de áreas com excedente para locais que precisam do grão. Todo esse aporte deverá envolver cerca de 600 mil toneladas de arroz, dependendo do valor do prêmio de escoamento que ainda será definido. 90% desse recurso será para o Rio Grande do Sul.
O presidente da Federarroz, Denis Nunes, avaliou o anúncio como uma ajuda importante para o setor orizícola. “Foi uma reunião produtiva onde mostramos a necessidade, principalmente desse prêmio de escoamento, para ajudar nessa atividade e também possibilitar uma melhor remuneração. E as AGFs também vêm auxiliar o produtor no sentido de estabelecer preços mínimos”, avaliou.
Outra questão que chegou a ser abordada mais uma vez foi a necessidade de redução da área do plantio do arroz em função da crise do setor. Nunes estima algo em torno de 15% de área para um enxugamento de estoque. “ Acreditamos que o produtor está convencido disso, já temos fatos que comprovam essa tendência, o que naturalmente também provoca uma redução do investimento em tecnologia até pela dificuldade de crédito e juros altos”, ressalta.



4 Comentários
O que 600.000 toneladas podem fazer num mercado com 2.500.000 toneladas de estoque de passagem, 1.500.000 toneladas do Mercosul e uma redução de consumo de 1.500.000 toneladas??? 10% do problema está sendo atacado!!! Medida que chega tarde e que não produzirá eficácia nenhuma e, ainda criará um problemão lá na frente quando o Governo Federal resolver interferir no mercado. Os verdadeiros problemas não estão sendo atacados. Sem redução de 20% na área cultivada e a redução dos juros nos custos não tem como produzirmos com lucratividade! Sem condições justas para competirmos com o arroz do Mercosul, nosso produto de melhor qualidade, receberá o devido reconhecimento! Sem politicas de incentivo ao consumo do nosso arroz gaúcho e catarinense, a população ficará a mercê de um arroz produzido com defensivos agrícolas proibido no Brasil. Enquanto o governo do RS não suspender a taxa CDO e reduzir o ICMS aos patamares de SC, não teremos competitividade fiscal… É preciso valorizar o Agro como o Agro merece!
Custos = Custeios
Cada vez me comvenso q federarroz e irga são instituições falida vão colocar arroz na mão do governo para lá na frente atrapalhar o mercado deveriam ter vergonha de anunciar este recurso.
A solução para o preço do arroz subir é um só: reduzir a área para faltar produto no mercado, porém o produto é o maior culpado, porque querem plantar cada vez mais, é uma classe muito desunida e de pessoas que só pensam em si e não na coletividade.