Federarroz avalia positivamente reunião com o Ministro Stephanes

Reunião da Câmara Setorial Nacional do Arroz também teve saldo positivo.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, considerou positivos os resultados da reunião com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Reinhold Stephanes. Participaram do encontro também o presidente da Câmara Setorial, Francisco Schardong, o representante do Irga, Rubens Silveira, e o vice-presidente de Mercados e Armazenagem, Marco Aurélio Tavares.

Rocha ouviu do ministro que uma das reivindicações já estava atendida. Refere-se à carta circular da Febraban, que flexibilizou o acesso a crédito (recurso novo) aos agricultores que aderiram à prorrogação ou reparcelamento de custeios antigos.

– O governo já vinha trabalhando nesta demanda e ficamos satisfeitos com o resultado, agora vamos ver na prática se vai funcionar, pois quando se trata de crédito é ainda maior a distância entre Brasília e o Rio Grande do Sul – frisou o dirigente arrozeiro.

O ministro também afirmou que sua equipe técnica, juntamente com os demais ministérios envolvidos, irá analisar a reivindicação de vencimento em cinco parcelas, de julho a novembro, do custeio da safra de arroz. Segundo ele, ainda há tempo para estudar esta questão e uma posição oficial deverá ser divulgada nas próximas semanas.

Com relação ao pedido dos leilões quinzenas e em volumes de 50 mil toneladas, o ministro não se posicionou. Na presença de sua equipe técnica e dos representantes da Conab, Stephanes informou que está acompanhando atentamente o assunto, que o governo tem conhecimento de que os produtores de arroz tiveram prejuízos nas colheitas anteriores e que não pretende deixar que os leilões interfiram negativamente no mercado. O objetivo, disse, é buscar um equilíbrio de mercado. Recomendou, porém, que a Conab estude tecnicamente a possibilidade de reduzir o volume dos lotes para 50 toneladas (2 mil sacos), como forma de permitir o acesso das pequenas e médias indústrias.

O ministro também encaminhou para análise técnica a liberação de recursos para mecanismos de comercialização do arroz. A cadeia produtiva solicitou R$ 600 milhões para EGFs e R$ 400 milhões para contratos de opções públicas. No ano passado, foram R$ 900 milhões para a comercialização e sustentação de preços.

INSUMOS – Os membros da cadeia produtiva que estiveram reunidos com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, deixaram o encontro satisfeitos também com sua posição com relação aos fertilizantes adulterados.

– O ministro afirmou que o governo tomará medidas muito duras para coibir esta prática e punir os infratores. Além disso, a nossa reivindicação para que a legislação seja revisada, ampliando as multas e punições, está em consonância com as medidas que o Mapa está tomando – afirmou Renato Rocha.

CÂMARA – Na Câmara Setorial, em reunião no início da tarde, a Federarroz não conseguiu aprovar a proposta de leilões quinzenais de 50 mil toneladas em um calendário fixo até janeiro e, em consenso com o restante da cadeia produtiva e representantes de diversos estados posicionou-se em favor da realização de dois leilões quinzenais, um dia 29 de outubro, que ofertará cerca de 50 mil toneladas e outro em 12 de novembro, que deve ter o mesmo volume.

O tamanho dos lotes deve mesmo ser reduzido para 2 mil sacos. Ficou acordado que após o segundo leilão, a cadeia produtiva se reúne para avaliar o mercado e definir em consenso os volumes e datas dos próximos. A Câmara Setorial aprovou a proposta e encaminhou ao Mapa e à Conab, que enviaram representantes. No final da tarde desta quinta-feira, foi publicado o edital já para 29 de outubro.

LOTES – Outra demanda da Federarroz, aprovada pela cadeia produtiva, foi a solicitação de que os lotes por leilão não contemplem mais do que 20% do total armazenado. Em alguns leilões, a Conab está negociando 100% do volume de determinado armazém e isso vem gerando dificuldades na retirada. Tanto que nos dois últimos leilões, esta dificuldade interferiu no preço final.

Para Renato Rocha, o resultado foi positivo porque com este espaçamento dos leilões, redução dos lotes, e estabelecimento de cotas por armazém, o mercado deve manter sua estabilidade, ter maior liquidez e haverá tempo para providenciar melhor a logística do carregamento. A Federarroz estima que a Conab mantenha um estoque de apenas 550 mil toneladas após o leilão de novembro.

As demandas que a Federarroz apresentou ao ministro Reinhold Stephanes, foram reapresentadas na Câmara Setorial. Exceto o calendário de leilões, cuja proposta foi acolhida com alterações, todas as demais foram aprovadas e serão levadas ao ministro como posição do setor.

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