Federarroz busca apoio do Governador aos pleitos do setor

Audiência agendada pelo secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi apresentará cenário da crise que afeta toda a Metade Sul gaúcha e o Litoral Norte.

Dirigentes da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) apresentarão ao governador Tarso Genro o cenário da crise de comercialização do grão e os pleitos do setor aos governos estadual e federal esta semana. A audiência foi confirmada para quarta-feira (26/01), pelo secretário da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seapa), Luiz Fernando Mainardi. “Além de demandas importantes no âmbito estadual, estamos levando ao governador uma relação de pleitos federais com o pedido de que ele interceda junto à presidente Dilma Roussef no sentido de que as medidas sejam adotadas imediatamente”, avisa Renato Rocha, presidente da Federarroz.

As demandas dos arrozeiros ao governo federal partem da necessidade de garantia de pagamento de preço mínimo pelo arroz gaúcho, estabelecido em R$ 25,80 pela União, mas comercializado, atualmente, entre R$ 21,00 e R$ 23,00 a saca de 50 quilos no Rio Grande do Sul. “Todas são demandas de máxima urgência”, afirma Renato Rocha. Segundo ele, o setor está agendando uma audiência com a presidente do País para apresentar os pleitos emergenciais e convidá-la a abrir oficialmente a Colheita do Arroz 2011, em Camaquã, no dia 26 de fevereiro. “Na audiência com o governador as Soberanas 2011 e dirigentes da Associação dos Arrozeiros de Camaquã farão o convite ao evento máximo da cadeia produtiva”, avisa.

Segundo Rocha, a crise de comercialização do arroz não é apenas um problema dos arrozeiros, mas uma grave ameaça à economia gaúcha, principalmente aos 140 municípios do Litoral Norte e da Metade Sul. “Um problema de todo o Estado, que precisa de um comprometimento muito forte de nosso governador”, avisa.

DEMANDAS DO SETOR:

Pleitos estaduais:

1. Redução do valor da pauta do arroz, casca e beneficiado;

2. Realização de credenciamento emergencial, pelo IRGA, de armazéns (pessoa física) para receber arroz de AGFs;

3. Apoio à aprovação do PL 236/2010 que propõe a isenção do CDO nas exportações, que tramita na Assembléia Legislativa.

4. Priorização de análises, junto a Fepam/DRH, dos produtores enquadrados no PRODUSA e aos demais, com relação a Licença Ambiental e Outorga;

5. Agilização da retomada do Terminal da CESA de Rio Grande para o Estado;

6. Fiscalização do cumprimento das leis estaduais: 12.685/2006 (CDO sobre o arroz importado) 12.427/2006 (pesagem e exames fitossanitários no ingresso dos produtos agrícolas);

Pleitos federais:

1. Garantia aos preços mínimos (PGPM) mediante apoio à Comercialização da Safra 2010/2011:

§ Aquisições do Governo Federal – AGF – R$ 400 milhões (800 mil/ton.)

§ Continuidade dos leilões de Prêmio de Escoamento de Produto – PEP, com leilões em fevereiro 2011 – R$ 25 milhões (250 mil/ton.);

§ Prêmio Equalizador pago ao Produtor – PEPRO – R$ 25 milhões (250 mil/ton.);

§ Contratos de Opções Públicas – R$ 300 milhões (500 mil/ton.);

§ OBS: Reedição da Portaria 318 (autoriza recursos e mecanismos para a comercialização a partir de fevereiro 2011, possibilitando a operação do AGF, PEP, PEPRO e Opções);

2. Revisão na Instrução Normativa – IN 06/12 referente à classificação do arroz no MAPA;

3. Desenvolver estudos para produzir etanol de arroz, criando solução para os excedentes de produção, presentes e futuros;

4. Promover o reescalonamento global da divida dos produtores, pois da forma atual inviabiliza o acesso a novos créditos.

Fonte: Renato Rocha/Federarroz

10 Comentários

  • Não sou economista e muito menos expert no mercado, porém não sou idiota para não perceber a velha lei do mercado: muita oferta, baixos preços. Os arrozeiros têm que parar de chorar e começarem a agir. Segurar seu produto, não ofertar no mercado, fazer a comercialização organizadamente através da federação que ofertará de acordo com a demanda do mercado. Isto não é utopia basta organização. Agindo assim não é necessário mendigar ao governo, nem submeter-se a preços mínimos. Quem faz o preço é voce arrozeiro. Se ele está baixo o único culpado é voce!!!!!!!!!!!!

  • Certamente seu Luiz, como num comentário anterior seu, o Sr. só conhece arroz no prato.
    Vamos telefonar pros quase 20.000 produtores só no RS e dizer que todos são culpados por produzir alimento e gerar 250.000 empregos, sem mais.

  • Sr Diego Silva, como disse em meu comentário não sou expert no mercado e sou fã de arroz no prato, principalmente com feijão, porém o idiota aqui parece não ser eu. No meu comentário eu disse que a comercialização fosse feita através da federação no controle. Disse isso por saber da organização desse setor principalmente no RS, e quanto mais associado mais fácil essa negociação, pois mais forte é sua representação. Para isso é que serve as assembleias, encontros, reuniões etc. Sabendo da responsabilidade desse setor na geração de empregos e produção de alimentos é que os arrozeiros devem agir e rápido. Torço por voces.

  • Quando se tem estoques públicos(AGF, ….) e privados(depósito) dentro de cooperativas e indústrias de beneficiamento o produtor vai estar sempre sendo um tomador de preços. Na realidade estas industrias de beneficiamento não poderiam beneficiar estes estoques, se o preço do arroz está elevado eles não compram o produto(se retiram do mercado) e ficam descascando arroz de 3º para atender seus compromissos, precionando para que o preços caiam, assim eles vão pagar baixo ao produtor por um produto que já foi benefiado e vendido. Com o programa do governo para aumentar a capacidade de armazenagem liberando recurso para aquisição silos os principais benefiados foram as cooperativas, industrias e produtores que estão muito bem captalizados e são donos da própria terra. A maioria dos produtores não conseguem este recurso pq estão endividados ou não possuem garantia real para fazer o financiamento. Acredito que os produtores sendo dono de seu produto os preços vão melhorar.
    Abraço a todos

  • Certamente Sr. Luiz depois destes comentários fica notório que seu conhecimento é somente no prato, os idiotas seguem a luta pagando os impostos agrícolas mais caros do mundo, produzindo com subsídio zero e com as fronteiras abertas sem taxas mas fazer oque se os idiotas só sabem produzir alimentos, pagar impostos e gerar emprego?

  • será que ninguem percebe que a Federarroz não quer resolver os problemas para continuar na pauta? com esse custo de produção, os preços vão ser insatisfatórios sempre. O problema é a carga tributária sobre o custo de produção. E mais nada. O produtor é eficiente, já fez a sua parte, agora chegou a hora do governo ajudar.

  • Boa tarde Srs. na minha opinião hoje o principal determinador de preço é a industria, pois, como a maioria dos beneficiadores trabalham com um estoque de segurança podem frear a compra de produto a qualquer momento forçando assim a queda dos preços e ainda tem como segunda opção a busca de produto de fora, outro ponto é a vitória da industria quando aprovou a IN 06, excelente pra eles que buscam comprar um produto que fique bonito no pacote, mas aí eu pergunto: onde está a remuneração justa paga ao produtor por esse produto de qualidade? Quem lida com arroz sabe que é bem complicado tirar da lavoura um produto com menos de 1,5% de vermelho que é o limite máximo para o tipo 1. Acho que todos devem buscar qualidade mas com coerência. abraço..

  • diego não responde mais a este luis porque ele é fictício, não existe é conversa fiada daqueles que não trabalham nunca trabalharam e nunca vão trabalhar na vida , tenho um programa que identifica nomes e o dele não aparece ou seja não é ninguem , não se anima se identificar , não tem coragem, não e homem para isso.

  • cada vez esta mais dificil de ganhar algum dinheiro com arroz ,nos produtores ja pagamos 8 anos e sera q vamos aguentar mais ?estou com vcs diogo e eduardo ,arroz no prato e’ otimo mas para isso nos temos q botar money no bolso se nao vai ficar dificil .a industria q faz os precos e ainda estao e para piorar querem arroz so tipo 1 sem vermelho sem barriga branca etc,enos com ervar resistentes na lavoura e sementes resistentes ai fica dificil .quem tem risco somos nos e quem ganha a industria?porra…

  • Senhores,
    Nosso problema é muito mais complexo do que pensamos. Hoje, 2.000 produtores gauchos são responsaveis por 65% da safra. O resto, que somos nós, pelo menos eu, então: não é o mesmo tratamento. Para resolvermos em geral, tem a tributação que é a mais alta do Brasil. Como o estado que mais produz, paga mais imposto? Logística, arrendamento alto, puxadas de agua caras e ultrapassadas. A canetada politica, é a salvação a curto prazo.

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