Federarroz busca em Brasília solução para endividamento

 Federarroz busca em Brasília solução para endividamento

Autoridades entregam documento pedindo renegociação em Restinga Sêca (RS)

Comercialização também está na pauta da reunião no MAPA.

O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Renato Rocha, e o vice-presidente da região da Depressão Costeira Interna à Laguna dos Patos, Daire Coutinho, representarão a entidade em uma reunião nesta quinta-feira, às 10h, no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). O encontro será com o secretário nacional de Política Agrícola, Caio Tibério da Rocha, e técnicos do Ministério. Farsul, Fetag e todos os parlamentares da Bancada Gaúcha também foram convidadas pela entidade.

Na pauta, dois temas de máxima urgência e importância para a cadeia produtiva: o endividamento, hoje pressionado pela proximidade dos vencimentos dos financiamentos e a comercialização. “Vamos abordar fortemente esta situação das dívidas do setor, que são decorrentes, em parte, da falta da garantia de preços pelo governo federal e de uma política agrícola ao longo dos últimos anos”, explica Renato Rocha. Os arrozeiros pedem o reescalonamento de dívidas e prorrogação de vencimentos. O dirigente lembra ainda que fazem 8 meses que o pedido foi apresentado ao Mapa e até a presente data não existe solução aos produtores.

Os arrozeiros também vão cobrar a entrada do governo federal no mercado de arroz com leilões de contratos de opção para dar fôlego à comercialização e, ao mesmo tempo, balizar os preços até o final do ano. “Via repasse, dá até para fomentar as exportações”, argumenta Renato Rocha. Segundo o dirigente, o fato dos preços médios do arroz atualmente baterem na casa de R$ 28,00 no Rio Grande do Sul, não representa lucro ao arrozeiro. “Na safra passada a média foi de R$ 21,00, o que quer dizer que em duas safras a média de preços está em torno de R$ 24,50, contra um custo de R$ 30,00 por saca de 50 quilos, razão pela qual o endividamento está batendo à porta da lavoura e o governo precisa fazer alguma coisa”, frisa.

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