Federarroz chama arrozeiros para Cachoeira do Sul (RS)

Federação realizará assembléia decisiva em Cachoeira do Sul na terça-feira (14/6) para definir estratégias de pressão ao governo federal, comercialização dos contratos de opção públicos para fugir do ágio e, também, explicar as medidas anunciadas pelo Governo. Participação no Tratoraço, em Brasília, também será definida.

A Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) promoverá uma assembléia-geral com produtores de todas as regiões do estado na próxima terça-feira, em Cachoeira do Sul, para definir os novos rumos do movimento de protesto dos arrozeiros, estratégias de participação nos contratos públicos de opção e, também, explicar as medidas anunciadas pelo governo federal na última quarta-feira e o andamento das reivindicações da categoria. A assembléia-geral acontecerá no auditório da Feira Nacional do Arroz (Fenarroz) no Parque Ivan Tavares, do Sindicato Rural.

Segundo o diretor-executivo da Federarroz, Renato Caiaffo da Rocha, são esperados 400 arrozeiros, representando todas as regiões produtoras.

– Vai ser o momento das lideranças que estiveram em Brasília apresentar a sua versão dos fatos e suas impressões sobre as tratativas com o presidente Lula e seus ministérios – explicou.

Segundo Renato Rocha, em que pese o fato de ainda não estar fechado o preço do saco de arroz para os contratos públicos – os arrozeiros pedem R$ 25,00 e o governo oferece R$ 23,20 – as associações vão estabelecer alguns critérios de participação para que os produtores evitem o pagamento de ágio, que provocaria perdas ainda maiores.

– É uma questão de organização. Independentemente do preço a ser fixado, precisamos evitar o máximo o pagamento de ágio. Mesmo que ainda não estejamos satisfeitos com as medidas, é importante aproveitar todo e qualquer mecanismo que possa reduzir a pressão sobre os preços do arroz – revela.

As lideranças também vão abrir espaço para que os dirigentes das associações e demais arrozeiros apresentem sugestões para novos protestos e começarão os preparativos para o tratoraço que deverá acontecer em Brasília no final do mês. As propostas sobre o alongamento dos prazos para vencimento do custeio também serão apresentadas aos produtores, bem como as medidas sugeridas para reduzir o impacto das importações do Mercosul.