Federarroz debate fundo de aval, endividamento e Mercosul

 Federarroz debate fundo de aval, endividamento e Mercosul

Alexandre Velho esteve no BNDES com Joaquim Levy e Jerônimo Goergen

Ministro Paulo Guedes pediu explicações sobre prejuízos do Mercosul e agendou reunião com o Ministério da Agricultura para tratar do assunto.

 O presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), Henrique Dornelles, e o vice-presidente e presidente eleito para a próxima gestão, Alexandre Velho, tiveram intensa agenda com representantes do governo federal e parlamentares em Brasília (DF). Na pauta, assuntos como o Fundo de Aval e questões relacionadas ao Mercosul, que nos últimos anos vem prejudicando o setor.

Com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, o assunto foi a formatação do Fundo de Aval para o setor arrozeiro. Conforme Velho, a linha da instituição foi prorrogada para 30 de setembro de 2019 e o presidente Joaquim Levy se mostrou interessado em cobrar que os técnicos dessem atenção ao assunto e cobrou celeridade para avançar no tema. “São dois Fundos de Aval, um para o passado, para as dívidas, para resolver o passivo no sistema financeiro e fora dele, e o FG Rural, para custeio e investimento. Será uma ótima notícia se for viabilizado este fundo do futuro para ter garantia ao produtor”, observa.

De acordo com o dirigente, o atual custo do fundo das dívidas está em 11% e o objetivo é trabalhar com os técnicos para reduzir para entre 8% e 9%. Velho informa que já ficou agendada uma reunião no Rio de Janeiro para 4 de junho. “Esta reunião será realizada em conjunto com a Farsul para bater o martelo sobre o Fundo de Aval e esperamos anunciar o fundo no dia 12 de junho, no lançamento do Plano Safra”, destaca.

Na agenda com o ministro da Economia, Paulo Guedes, de acordo com o vice-presidente da Federarroz, ele se mostrou preocupado com o arroz, disse que tem uma ótima relação com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina e que tem intenção para ajudá-la. “Quando falamos sobre o Mercosul, o ministro perguntou porque nos prejudica. Tive condição e tempo para explanar quanto o Mercosul, do jeito que está, nos traz problemas. Então o ministro chamou um assessor e solicitou a ele para marcar uma agenda com o Ministério da Agricultura, Ministério das Relações Exteriores e as entidades, provavelmente no dia 5 de junho, para avançarmos nas questões referentes ao Mercosul”, informa.

O Mercosul também foi tema de encontro no Ministério das Relações Exteriores, onde a Federarroz participou de agenda da Frente Parlamentar da Agropecuária com a pasta. “Já adiantamos aos técnicos do Itamaraty todas as questões que envolvem o Mercosul como a falta de fiscalização, a tipificação e análise de resíduos. Colocamos as diferenças nas leis ambientais e trabalhistas dos países do Mercosul, em especial o Paraguai, onde mencionamos que existem diferenças gritantes de custo de produção como a energia elétrica”, salienta Velho.

Os dirigentes também cumpriram agendas no Ministério da Agricultura, onde trataram de assuntos como recursos para os produtores e o preço mínimo do arroz, além de instituições financeiras como a Caixa e o Banco do Brasil, na qual a pauta foi a de buscar soluções para os débitos dos produtores de arroz. Também foi entregue na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) documento com as demandas do setor orizícola gaúcho.

2 Comentários

  • Dai as pessoas me chamam de pessimista ou sei lá o que mais… Mas é esse mesmo Ministro que estão comentando que vai se demitir se a Reforma da Previdência for parcial e minima… Desde fevereiro ficam de anunciar preço minimo… soluções para as assimetrias do Mercosul e para o endividamento rural… Insistem nesse Fundo de Aval, mas poucos produtores conhecem o tema a fundo e muito ainda enxergam com muita desconfiança. Juros de 9% parq os produtores e 3% ou fundo perdido para Cuba e Venezuela… Enquanto isso os insumos para a lavoura sobem em dólar e os preços do arroz em compasso de tartaruga. Chove muito e poucos conseguiram preparar a area do próximo ano. Tudo atrasado. Em compasso de espera. Se nosso custo foi de R$ 42 a 48, no próximo ano já se estima R$ 55,00 com o preço do adubo, uréia e herbicidas. Juros de custeio vão aumentar para os grandes produtores. Não temos solução para o Funrural. Como ser otimista se segue a mesma “merda” dos últimos 30 anos? Em junho de 2003 vendemos arroz a R$ 43,00 meus amigos! Quem me digam quem tranca o preço do arroz de vencer a barreira do 50 ou 60 reais??? Não existe arroz… as grandes não tem… Então porque os preços não disparam??? Jogo sujo!!! O segredo volto a repetir… reduzam área de arroz e aumentem soja… soja recebendo 70 pilas dá mais lucro do que arroz a R$ 43… o Paraguai vai nos engolir… Essas exportaçõezinhas para México e Venezuela vão apenas escoar parte do arroz que virá do Paraguai… Continuaremos sendo corredor de exportação. É isso que as associações de indústrias e as indústrias daqui e do centro do país querem! A politicagem posta e posta noticias que não se concretizam! Empurram com a barriga! Somos fantoches de um jogo de carta marcadas!!! Pro quadro mudar o produtor tem que fazer a parte dele e reduzir área e plantar outra coisa!!!

  • Só tão iludindo o pobre lavoureiro depois me digam CE não ficou tudo como antes

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