Federarroz encaminha pauta com vice-presidente Mourão
No encontro em Brasília, foram encaminhados ao vice-presidente da República temas como endividamento, tributação e Mercosul.
Os temas críticos do setor orizícola, em especial inerentes ao produtor de arroz, foram pauta na reunião de Alexandre Azevedo Velho, vice-presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), com o vice-presidente da República, Hamilton Mourão. O encontro ocorreu nesta quinta-feira, 11 de abril, em Brasília (DF), quando temas como endividamento, preço mínimo, tributação e discrepâncias do Mercado Comum do Sul (Mercosul) foram discutidos.
Conforme o dirigente da Federarroz, a reunião foi objetiva em apresentar a necessidade de uma mudança no sistema tributário. Velho apresentou as diferenças de tributação existentes entre os Estados brasileiros. "Expliquei que encaminhamos o assunto no Ministério da Economia e precisamos do apoio da Presidência para encaminhar o tema no Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz)", destacou. Ouviu de Mourão que o governo tem ciência destas disparidades entre Estados da Federação.
Alexandre Azevedo Velho ainda ilustrou o cenário conjuntural das relações comerciais em relação ao Mercosul, em especial sobre a concorrência considerada desleal do arroz importado do Paraguai pelo Brasil. As assimetrias têm gerado prejuízos ao produtor nacional, em especial no Rio Grande do Sul, que responde por mais de 70% da produção brasileira. "Enfatizamos a diferença de custo de produção do arroz brasileiro em relação ao grão paraguaio, e que isto não reflete uma falta de competitividade nossa, pois temos a segunda maior produtividade mundial em área acima de um milhão de hectares, perdendo apenas para os Estados Unidos, mas da diferença tributária e das políticas comerciais", observou. Segundo ele, o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, concordou que o acordo do bloco comercial precisa ser adequado à realidade.
Outro assunto abordado no encontro foi o do endividamento dos agricultores. O dirigente arrozeiro salientou que é fundamental que o Conselho Monetário Nacional (CMN) vote o Fundo de Aval, atualmente em discussão e estudos pelo governo federal e que pode ajudar os arrozeiros, hoje dependentes de financiamento da indústria e dos fornecedores de insumos, a recuperarem acesso ao crédito oficial. O preço mínimo também foi pauta da reunião entre Velho e Mourão. "Explicamos que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) utiliza com uma metodologia de avaliação e cálculo ultrapassada na definição dos valores e que nós precisamos do preço mínimo de R$ 41,00 em vigor imediatamente e não apenas no próximo plano safra", resumiu o arrozeiro.
1 Comentário
Já que de presidente com presidente não sai nada! Quem sabe de vice prá vice!!! E a Ministra hein! Quando nos trará boas novas???