Federarroz não confirma importação de arroz tailandês

 Federarroz não confirma importação de arroz tailandês

(Por Planeta Arroz) O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, entrou em contato com o editor do site para informar que tem buscado a confirmação dos contratos de compra, na Tailândia, de 60 mil toneladas de arroz branco por tradings para atender demanda de empresas brasileiras, mas que não está obtendo respostas definitivas. Segundo ele apurou, há sondagens quanto à oportunidade, mas nenhum negócio está fechado. “Até porque esse produto, nas condições em se tem avaliado o mercado e as condições do transporte global, chegaria aqui em plena colheita”, observa.

Velho também explicou que nas condições expostas, com preço de chegada na faixa de R$ 102/103,00, o arroz tailandês não sairia do porto de Rio Grande abaixo dos R$ 108/110,00, por causa dos custos alfandegários e taxas. E haveria ainda a necessidade de empacotamento e enfardamento por parte do comprador.

Em contato com traders que participam da operação, Planeta Arroz recebeu, mais uma vez, a confirmação de que pelo menos um dos dois barcos de 30 mil t, cada um, começa a ser carregado na próxima semana com o arroz Thai 100%B, que é considerado o grão superior longo fino da Tailândia e que há garantias dos traders asiáticos de que o barco chega ao Brasil ao final de janeiro. Seriam 52 dias no mar. Um dos traders lembrou que mesmo com um custo de R$ 110,00 o produto asiático se torna competitivo pela falta de oferta local e porque a pedida dos produtores gaúchos, hoje, para vender arroz às tradings está na faixa  de R$ 120,00 a R$ 125,00, o que está completamente desconectado da realidade do mercado internacional. E ainda há a diferença de que o arroz que chegará virá no pico da entressafra e já está beneficiado, enquanto a dificuldade maior no Brasil hoje é negociar arroz em casca.

O presidente da Federarroz, Alexandre Velho, também antecipou que há um movimento da entidade juntamente com os sindicatos vinculados à indústria do arroz para assinarem e enviarem ao ministro da Agricultura manifestando contrariedade a uma possível retirada da Tarifa Externa Comum (TEC), de 10% e 12% para importação de arroz em casca e branco, respectivamente, de terceiros países. Ela não incide sobre o Mercosul.

A possibilidade chegou a ser ventilada por alguns traders, mas considerando que os preços do arroz ao consumidor seguem em patamares anteriores à pandemia, com promoções em que o pacote de cinco quilos do Tipo 1 fica em torno de R$ 17,00 (R$ 3,40 por quilo), o governo não demonstra qualquer preocupação nem com preço e nem com risco de desabastecimento no momento  e vê o mercado, apesar das intempéries, abastecido e com excedentes do Mercosul à disposição em alguns meses. O preço histórico do quilo de arroz ao consumidor no Brasil fica em torno de um dólar, portanto, está até abaixo do valor histórico.

Arroz há, o que está faltando ajustar é o preço ao longo da cadeia e garantir o fluxo de negócios.

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