Federarroz quer posição de órgãos reguladores às falhas de fornecimento de energia elétrica
Irrigação das lavouras arrozeiras é prejudicada por quedas de energia e oscilações de tensão.
As constantes oscilações de tensão e quedas no fornecimento de energia elétrica nas redes das concessionárias gaúchas, gerando prejuízos nas áreas de irrigação da lavoura de arroz, levaram a Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) a buscar os organismos reguladores nacionais para dar um ultimado às empresas fornecedoras. O presidente da Federarroz, Henrique Osório Dornelles, está pedindo uma audiência em caráter de urgência com o Operador Nacional de Sistema (ONS), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e as concessionárias AES Sul, RGE e, principalmente, CEEE para até o dia seis de janeiro.
“O Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção brasileira de arroz. Sendo assim, a segurança alimentar dos brasileiros encontra-se nesta região, que é a Metade Sul gaúcha. Os orizicultores fizeram o seu dever de casa: plantaram no período correto, fazem os tratos culturais devidamente, não possuem déficit hídrico, o clima está ajudando, mas falta energia elétrica para irrigar as lavouras”, diz.
Para o dirigente arrozeiro, a audiência, além de buscar esclarecimentos sobre os fatos que vêm ocorrendo, servirá para que seja traçado um plano conjunto de medidas que busquem atenuar o problema até que seja alcançada uma solução definitiva. “Trata-se de um problema gravíssimo, que deve ser encarado como tal”, alerta. Há algumas semanas o presidente da Federarroz participou de uma audiência no Senado Federal para tratar justamente das questões relacionadas ao fornecimento de energia elétrica para as lavouras irrigadas de arroz.
11 Comentários
Os erros de avaliação de perdas por brusone na safra passada e a real área de soja que primeiramente atingiu a pecuária e agora avança forte pra cima da área de varzea antes cultivada com arroz além do prejuízo evidente do atraso do plantio desta safra e as falhas constantes de energia elétrica em seguida vão fazer a CONAB “atualizar” o estoque de arroz no pais, estamos entrando em 2014 com o menor estoque de arroz dos últimos anos, soja ocupando arroz, dolar alto, plantio atrasado e com falta de água pela energia elétrica, nossos custos dispararam ou o preço do arroz se atualiza de vez para termos rentabilidade ou veremos nossas várzeas serem tomadas por soja e o Brasil ficar refém de ter que importar arroz de qualquer lugar e qualidade duvidosa como ocorre no trigo …
OLHO VIVO pessoal da industria e governo, remunerem o produtor de arroz pois a SOJA VEM AI E O BIXO VAI PEGAR!!!
SOJA NA VARZEA NELES!!!
1) A análise acima não considera o aumento da área plantada de arroz de 1.076.472 na safra 2013/2014 para 1.115.285 nesta safra 2014/2015, os 3,5%. Portanto o avanço da soja está se dando sobre as áreas de pousio ou de pecuária de estoque.
2) Ainda é cedo para fazer análises sejam catastróficas ou otimistas, portanto se a visão é de aumentar o preço, o correto é trabalhar o mercado com outros usos para o arroz.
3) Estoque é para não ser alto mesmo, é para exercer a sua função de controle de preços mínimos e máximos, a fora isso não há sentido. ( Isto para o produto básico, pois para os produtos à base de arroz com sofisticação industrial há liberação total). A comparação com o trigo, segundo aponta autoridade no assunto em artigo aqui publicado, não decorre da produção e sim do comércio.
3) Ao tomar a decisão de diversificar com a lavoura de soja, deve-se ir tomar esta atitude “sem medo de ser feliz”! Já se tem conhecimento, ótimos resultados de produtividade e financeiros, então não há porque temer e sim seguir em frente sem olhar para trás. Já me disse um cientista da EMBRAPA, há cerca de 25 anos atrás, com base em dados da FAO, que as nossas áreas de várzeas estão dentre as mais férteis do mundo.
4) Entendemos que para um bom número de produtores de arroz, mesmo com os preços atuais há uma boa margem de rentabilidade, aliada a estabilidade de produção da cultura, assegura a manutenção da área plantada. Afirmamos em artigo publicado em consultoria internacional, especializada em Agronegócios, em seu Anuário 2013, que o custo de produção tem uma amplitude muito grande de variação, na época de R$ 13,00 a 30,00/saco. Nos casos de maior custo de produção a ida para a soja, gera uma redução drástica nestes custos, com uma perspectiva concreta de preços de venda, sinalizada em bolsa de mercadoria.
Negativo sr. Jose Nei… Na fronteira-oeste e depressao central se esta trocando arroz por soja… Visite a varzea do Jacui por exemplo e a do Rio Toropi e o sr. Observara in locu o que estou falando… A coisa nao eh bem assim nao!!!
Sr. José , quem está no campo sabe que dificilmente teremos a mesma produção do ano passado, os dados estão ai , este ano ocorram vários fatores que aconteceram ano passado este ano tivemos replantio e perdas por excesso hídrico no início do plantio e um percentual considerável foi plantado fora de época, severas dificuldades de irrigação devido ao péssimo fornecimento de energia elétrica, etc…
Porém no fim é bom que o cartel ache que o brusone não afetou nada ano passado e que a soja é ilusão, a CONAB colocou seus estoques a venda não por falta de produto mas pra regular mercado então …
Ninguém quer suba de preço mas sim ATUALIZAÇÃO de preço, óleo diesel acabou de subir mais de 10 por cento, glifosato etc… Tudo sobe e o arroz esta condenado a ficar nos 30 pila com custo de 40?!
Apenas para dar testemunho de produtor região Pelotas: 1) Uma parte considerável da lavoura de arroz foi plantada fora do período ideal (uns 25%) e, embora esteja bem no momento, corre risco de baixar a produtivida. 2) A soja de várzea não está nada boa, necessitando replantio já fora do período ideal. 3) Se tem alguém sentado em cima do arroz especulando com alta não é o produtor, que já vendeu tudo pra pagar contas.
Prezados Comentaristas,
Não há discordância em relação ao significativo avanço da soja em áreas de várzeas, inclusive sobre glebas em que se cultivava arroz. Isto pode estar associado a redução dos “cortes” de arroz, que são as áreas de pousio ou de pecuária de baixo rendimento ou “de estoque de gado”. Também podem ser áreas com custo mais alto de irrigação ou da sua própria inviabilização econômica “arrendamento, infestação etc), ou ainda pela expressiva valorização da soja como aponta o conterrâneo Sr. Diego na outra notícia aqui publicada.
O fato que a estatística do IRGA, instituto de alta confiabilidade ao longo do tempo, presente em todas as regiões arrozeiras, está apontando o acréscimo de 3,5% na área plantada de arroz no RS. Outras informações, mesmo pertinentes, são tendências e especulações, que ainda não tem caráter definitivo ou concreto. O próprio Sr. Marcos confirma isto em seu comentário.
A “atualização” de preços somente virá com uma ação concreta sobre o mercado (que alguns entendem como imexível – mas nós não). A integração com o engenho com uma fixação antecipada de preço (mercado a termo), a transformação do arroz em outros produtos e o beneficiamento (descasque) pelo próprio produtor do seu produto colhido que, aliás pode dar, no mínimo 20% a mais, como está sendo reivindicado.
Sr. José Nei. O Sr. me desculpe mas não entendi o porque desse mi mi mi de querer assustar os produtores de arroz, isso tudo é medo ou inveja que talvez poderemos esse ano e o proximo ter uma recuperação pelos anos passados? Quero informar que aqui no norte Catarinense muitos produtores estão investido forte no plantio de palmeira real e lagoas para criação de tilapia em terras que antes eram arroizeras, um exemplo; meu primo está plantando palmeira em 15 hectares, e outros vizinhos também, há é pouco, mas faz falta. Novamente me desculpe a grosseria mas o Sr. é um anti-agricultor. Um abraço.
Sr. Jose Nei peco a venia para discordar novamente do sr. Ate hoje nao vi ninguem utilizando as varzeas do Rio Jacui, Rio Toropi, Rio Jaguari, Rio Ibicui, Rio Butui, e tantos outros para criar gado (pecuaria)…. Se alguem discordar do que eu to falando por gentileza digam se eu estou falando bobagem… Cito tambem varzeas perto do banhado do Sao Donato entre Itaqui e Sao Borja que antes abrigavam arroz e nao pecuaria… Quanto aos numeros do Irga e da Conab, com relacao a areas plantadas, ate hoje nao citaram as fontes… Antigamente era muito facil… Todo mundo tomava dinheiro oficial… Hoje nem 50% consegue… Gostaria de saber a fonte… Pra mim nao passam de meras estimativas reguladoras de precos… E segue o terror com os leiloes… De bom eh que vamos vender arroz a 35 o ano inteiro… No minimo… Ou o governo vai trocar tomate por arroz argentino???
Vejam só: o governo marcou outro leilão de 100mil ton de arroz para a semana que vem e não vejo ninguém reclamar. Ou então talvez seja porque o governo somente esteja querendo demonstrar que o mercado é realmente “mexível” e está, com esta atitude, demonstrando que pode fazer a “atualização” dos preços ao sabor da sua vontade.
Mas, nada disso estaria acontecendo se o nosso mercado fosse mais livre e nossas entidades no passado recente não tivessem a péssima idéia de pedir para o governo comprar arroz. Agora estão vomitando de volta e tirando de nós a possibilidade de lucro nas vésperas de uma nova safra. Mas tem colegas que gostam.
Pergunto para aqueles que precisam vender arroz durante o período de colheita o que é melhor: entrar na safra nova com arroz valendo 40 (ou mais), ou 35 (ou menos)???
Reflitam colegas, pois as nossas entidades são o reflexo do pensamento da maioria, e essa maioria pode estar equivocada. Ou não!
Nesta tréplica, ressaltamos o importante trabalho feito pelo site Planeta Arroz, trazendo este debate para seus leitores de todo o Brasil. Parabéns à equipe!
Participamos dentro do mais elevado espírito público, com o conhecimento acumulado em 38 anos de profissão e na busca da verdade, trazendo luz a um mercado tido até aqui como “imexível” e ainda “não democrático”, como dizemos na seção artigos. Amigo não é aquele que nos diz somente que estamos indo bem, que passa a mão por cima e nos trata como coitados – nem com os filhos devemos fazer assim! Ninguém quer assustar ninguém! O que queremos é aumentar a renda do produtor e da cadeia do arroz como um todo, seja com a soja, tilápia,palmeira real, integração lavoura-pecuária, energia eólica, do beneficiamento pelo próprio produtor e a transformação do arroz em novos produtos. O que não queremos é exatamente o mimi… do aumentar preço no grito ou na bravata para encobrir ineficiências, que já as apontávamos desde 1993 (21 anos atrás): – arrendamento, monocultura, muito imobilizado e comercialização. Artigos que já foram publicados aqui no site e estão no blog http://www.josenei.blogspot.com Já o acessaram?.
Quanto aos dados de plantio da safra 2013/2014 do IRGA, é apresentado município por município, inclusive os das várzeas citadas e em nenhuma região há redução de área. Que se apresente as outras estatísticas, quem as tiver. Talvez devêssemos evoluir para modelos via satélite, como já fazem os americanos, pois já temos as ferramentas.
Boa tarde a todos.
Acho que o amigo Zé Nei está sendo mal interpretado no seu comentário.
Só para esclarecimento ao Sr Maurício, reforço que o José Nei é totalmente favorável aos produtores talves , somente, não esteja se manifestando de forma a se tornar claro.
Reforço a minha opinião de que o produtor de arroz está isolado de um lado e indústria e governo trabalham do outro ( um visando lucro de cima para baixo e outro beneficiando varejo e consumidor).
A soja veio para ficar e, mesmo com problemas, está capitalizando o arrozeiro para livrá-lo do efeito nocivo da monorenda do arroz irrigado( Terras de várzea com pouca drenagem e perfil raso).
Realmente a área de soja é expressiva e a lavoura de arroz produzirá menos e depois da época normal de início de colheita, mas saliento, que sem afetar ou causar problema de segurança nacional
. Haverá, com certeza mudança do preço.
“A atualização de preços somente virá com uma ação concreta sobre o mercado (que alguns entendem como imexível – mas nós não)”
Esta é uma frase a ser analisada.
Quem detém o poder da oferta é o produtor e dele decorre o mercado.
Temos que dosar as próximas safras para firmarmos preços melhores e estes acabarem sendo remuneradores.
PS. Só para completar o pensamento com relação aos nossos parceiros industriais.
Temos que tomar consciência que a indústria não está recolhendo o Funrural e se não estivermos muito bem informados juridicamente está nossa PARCEIRA poderá estar criando um enorme PASSIVO FINANCEIRO para nós junto ao Governo Federal! ( O Governo não perde renda).
Bons Negócios!