Feijão tem forte alta e vira ‘vilão’ da inflação no país

Em Minas Gerais, o preço do feijão subiu tanto que hoje o produto custa três vezes mais que o arroz.

Depois da alta dos preços do leite no primeiro semestre, a inflação encontrou um novo “vilão”: é o feijão, presente no prato da maioria dos brasileiros.

De acordo com o Departamento Intesindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o produto subiu em todas as 16 capitais pesquisadas pelo órgão em outubro.

Em cinco capitais, o produto subiu mais de 20% em apenas 30 dias. Em João Pessoa, alta foi mais acentuada: 33,26%. Outras capitais registraram forte alta: Fortaleza (28,7%), Vitória (24,2%), Belém (22,76%) e Natal (21,5%).

Em Minas Gerais, o preço do feijão subiu tanto que hoje o produto custa três vezes mais que o arroz. No estado, o quilo do arroz sai por R$ 1,49, enquanto o do feijão custa R$ 4,43.

Seca e plantio

A explicação para tantos aumentos está no clima. A seca prolongada em várias regiões do país atrasou o plantio do produto em até 60 dias. Como havia pouco feijão em estoque, explica o Dieese, os preços naturalmente dispararam – é a velha lei da oferta e da procura.

Com a alta do feijão, foram afetados também os preços da cesta básica, que subiram em média 4%. Porto Alegre tem a cesta de alimentos mais cara do país (R$ 213) – depois vêm São Paulo e Rio de Janeiro.

Nutrientes

Segundo nutricionistas, substituir o feijão não é fácil, uma vez que produtos equivalentes, como o grão-de-bico, a lentilha e a ervilha, também são caros. A dica é cortar supérfluos e investir um pouco mais no feijão – uma boa fonte de ferro, zinco e potássio.

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