Fenarroz 2014 girou R$ 280 milhões
Volume de negócios foi 26% superior à edição de 2012. 80 mil passaram pelos portões.
No total de visitantes incluem-se os pagantes, todos os expositores, colaboradores, gratuidades, alunos de escolas, produtores rurais das excursões organizadas em parceria com o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e também o público que participou da Caravana da Inclusão, do programa RS Mais Igual, do governo do estado. Durante esta semana será tabulada a pesquisa feita pela executiva da feira, que visitou os expositores para saber a opinião deles sobre o evento e o que pode ser aprimorado para a próxima edição.
DIAGNÓSTICO – “Teremos um diagnóstico completo, inclusive com sugestões e reclamações de quem expôs”, ressalta Silva. O Jornal do Povo também entrevistou alguns expositores, e se para alguns a feira foi ótima, para outros o evento deixou a desejar, principalmente em relação ao volume de público e de vendas, consideradas inferiores a outras edições da feira. Entre as sugestões dadas por expositores estão a não cobrança de ingresso, a volta do parque de diversões para atrair visitantes e a organização de excursões exclusivas para produtores rurais virem comprar ou renovar sua frota de implementos agrícolas.
O que achou da Feira, expositor?
“Essa é a segunda vez que expomos em Cachoeira do Sul e as vendas foram boas. Vendemos dois ônibus e sete caminhões. Cinco vendas estavam alinhavadas e foram concretizadas durante a feira e outras quatro foram feitas durante o evento. Em 2016 estaremos aqui novamente”.
Marcelino Martins, vendedor da Suvesa Super Veículos, de Santa Maria, concessionária de caminhões e ônibus Scania
“As vendas ficaram abaixo da expectativa, mas participar de uma feira sempre vale a pena para divulgarmos os produtos e dar visibilidade à empresa. Acreditamos que a Fenarroz tenha sido pouco divulgada. Os ingressos também poderiam ser gratuitos para aumentar o fluxo de visitantes. A feira precisa manter a sua representatividade para termos sempre a parceria das fábricas que colaboram com a nossa participação no evento. Não podemos perder para outras feiras do estado”.
Paulo Nunes,
sócio-proprietário da Arrozeira Marina
“Infelizmente essa foi a pior de todas as edições da Fenarroz que já participamos. E a culpa não foi dos promotores do evento, pois estava tudo muito bonito e bem organizado. O que faltou foi a presença dos produtores rurais comprando ou renovando sua frota. O movimento foi pequeno, justamente nesse ano que tivemos ótimas safras. Em anos de seca e de crise no campo vendemos muito mais do que dessa vez. Para a próxima edição, a Fenarroz poderia trazer excursões de produtores rurais da cidade e dos municípios da região”.
Eloi de Quadros, coordenador de vendas da Case Arasul
“É a primeira vez que participamos da Fenarroz e superamos nossa expectativa com vários negócios encaminhados durante o evento. A Fenarroz poderia investir em mais atrações para quem não é produtor rural, como a volta do parque de diversões para atrair mais público”.
Valdomiro Teixeira, consultor de vendas da concessionária Itaimbé Renault
“Essa feira foi positiva, mas já participamos de edições melhores da Fenarroz. Vendemos uma máquina para Portugal e iniciamos vários negócios aqui. Também fomos visitados por argentinos. Senti falta dos visitantes da Itália, Ásia, Paraguai, Colômbia e Coreia que nos procuraram em outras edições da Fenarroz. Faltou divulgação estadual e nacional da feira”.
Alberto Silva, assessor técnico internacional da Seletron, de Blumenau
“A programação técnica da Fenarroz trouxe discussões sobre temas contemporâneos e importantes como clima, infraestrutura, escoamento da produção e internacionalização através do programa Brasilian Rice. Estamos programando para junho ou julho um novo seminário para manter a atualização destes temas já com os resultados desta safra, que ainda está sendo colhida”.
Jaceguay Barros, coordenador regional do Instituto Rio Grandense do Arroz
“O ingresso foi muito caro e espantou o público. A culpa não foi da chuva, pois nas últimas edições da feira sempre choveu. Também faltaram atrações como exposição de animais e parque de diversões. No próximo ano não deveriam cobrar ingresso”.
Márcio Giotti, vendedor da empresa Bordados Benevi, de Caxias do Sul, que trouxe lençóis, cobertores e edredons
TRÊS PERGUNTAS PARA
Luis Silva, presidente
da 18ª Fenarroz
Com base na opinião de alguns expositores, o senhor acha que faltou divulgação da feira?
“De maneira alguma. O evento foi muito bem divulgado, com enorme espaço na mídia regional. Também estivemos presentes com anúncios na mídia estadual e nacional através de jornais e também na TV Globo. Além disso, divulgamos várias notícias pela internet e no Facebook, que têm grande alcance”.
Faltaram visitantes de outros países, conforme observação de um dos expositores?
“Tivemos a visita de portugueses, que inclusive fecharam negócios por aqui. Também recebemos uma excursão de Goiás e visitantes de várias cidades. O público estrangeiro é muito discreto. Eles chegam direto nos estandes que lhe interessam e geralmente vão embora no mesmo dia. Às vezes nem a própria executiva da feira fica sabendo da presença deles”.
Em relação ao público, alguns expositores consideraram inferior aos anos anteriores. O senhor concorda?
“Tivemos um dos melhores movimentos dos últimos anos, principalmente no final de semana. Além disso, entregamos 5 mil convites gratuitos para os expositores distribuírem para seus parceiros e clientes em potencial”.
