Festa da Colheita do arroz agroecológico será em março

 Festa da Colheita do arroz agroecológico será em março

Colheita do Arroz agroecológico será dia 18 de março. (Foto: Mariana Rauber)

O evento será presencial, seguindo os protocolos sanitários de prevenção contra a Covid-19. A celebração contará com a participação de integrantes de cooperativas de assentados, do MST, entidades parceiras, populares, sindicais e políticos.

“Para nós, essa edição da Colheita do Arroz Agroecológico tem uma enorme importância. Queremos celebrar esse momento com a sociedade gaúcha e brasileira, pois essa é uma construção coletiva das cooperativas e das famílias assentadas. A nossa produção orgânica é uma alternativa, onde a vida das pessoas e o cuidado com a natureza estão acima do lucro”, pontua Marildo Mulinari, do setor social organizativo da Cooperativa dos Trabalhadores assentados da Região de Porto Alegre (Cootap).

De acordo com Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), os assentamentos são considerados os maiores produtores de arroz orgânico da América Latina, e segue nessa posição há mais de 10 anos. Segundo Martielo Webery, do setor de comercialização Cootap, as famílias camponesas estimam colher na safra 2021/22 mais de 15 mil toneladas, cerca de 310 mil sacas de 50 kg do produto, em 3.196,23 hectares.

Líder de produção agroecológica da América Latina

A reconhecida produção gaúcha do arroz agroecológico é coordenada por nove cooperativas de assentados da reforma agrária e consolida um mercado voltado ao nicho de comercialização voltada ao consumo de produtos cultivados sem  uso de defensivos e fertilizantes químicos.

Este ano, de acordo com Webery, a colheita iniciou no dia 1º de fevereiro no assentamento 30 de Maio, em Charqueadas, na região carbonífera. Já foram colhidos 1,72% do arroz orgânico, cerca de 4.200 sacas. Já o assentamento com a maior área plantada é o Filhos de Sepé, de Viamão. A estimativa é que se colha no local 124 mil sacas.

O cultivo principal é de arroz orgânico nas variedades agulhinha e cateto. Em todo o estado, a produção do alimento é feita por 296 famílias, em 14 assentamentos, que se dividem em 11 municípios gaúchos das regiões Metropolitana, Sul, Centro Sul e Fronteira Oeste.

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