Fetag defende revisão do Mercosul
Entidade dos trabalhadores e pequenos agricultores considera que o agronegócio brasileiro está sendo prejudicado pelas regras
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O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), Carlos Joel da Silva, defendeu nesta sexta-feira (15) a revisão do Acordo de Livre Comércio do Mercado Comum do Sul (Mercosul). Segundo ele, o Brasil vem acumulando perdas significativas para o agronegócio nas últimas décadas em razão das bases deste acordo. “Agora chegamos a um ponto em que se tornou insuportável. Temos problemas sérios porque há dois pesos e duas medidas no acordo que favorece o agricultor e o pecuarista dos países vizinhos em detrimento do produtor brasileiro. Tem regras e deveres que só existem para nós, e direitos que só existem para nossos concorrentes”, argumenta.
Silva se refere às dificuldades graves de comercialização do arroz, do trigo e do leite nesta temporada, como exemplos mais gritantes. “Hoje, estas atividades vivem uma crise sem precedentes porque de um lado o governo nos empurra mais custos com altas de combustíveis, que reflete em todas etapas do agronegócio, e taxas e aumentos da energia elétrica, por exemplo, e favorece o ingresso de leite, trigo e arroz produzidos sob normas, tributação e custos completamente diferentes”, afirma.
Esta semana a Fetag esteve reunida com os ministros da Agricultura, liro Maggi, e Eliseu Padilha, da Casa Civil, mas os avanços foram mínimos com relação ao apoio ao leite. Agora, os protestos que começaram no Rio Grande do Sul devem se espalhar, através da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) para todos os estados produtores do Brasil. “O que acontece com o arroz é um retrato disso, tanto quanto com o leite, o trigo e outros produtos agropecuários”, assegura. Segundo ele, a revisão do Acordo do Mercosul precisa estabelecer salvaguardas ao agronegócio, em especial a segmentos estratégicos para a segurança alimentar.
5 Comentários
Que pais é esse ,não defende a sua maior riqueza ,o produtor de alimentos , o arroz ja esta a mais de 10 anos nesses mesmos preços aniquilando com as familias que vivem desse trabalho quase que escravo , tirando o sonho de cada um , a cada dia que passa , tem muitas federações e poucos indios que pouco fazem pela classe as ferramentas existem porque não usam ?Qual o interesse das federações o que esta por traz , sera que seria ruim para eles e nos produtores do BRASIL temos que ser conivente com os interesse dos outros e não os nossos .
Deus e alguém está ouvindo minhas preces!!! Esse tal de Mercosul só é bom para indústrias do centro do país!!! Mas para conseguir isso temos que ter força política e representaçao no Bloco e em Brasília… Missão ingrata… Enquanto isso façamos a nossa parte diminuindo área. Como competir com um país que consegue ter lucro vendendo o saco a R$ 28 enquanto nosso custo é R$ 48 ??? Não tem gente… Só para empatar teríamos que reduzir nosso custo em 50%… O arroz faliu… Pelo menos aqui no Brasil !!!
Enfim alguma entidade a nosso socorro, mercosul sem direitos e deveres iguais não é justo mesmo. Fetag esta no caminho certo.
Agora sim, proteção/ PROTECIONISMO, é o mínimo que uma nação pode promover em benefício de seus produtores…Não comprar arroz, leite e trigo, os alimentos mais básicos, à que preço for, sem observar nem mesmo a legislação de produção de origem. Está certa a Fetag, e os comentários acima, também!!!!
Surpresa, enfim a FETAG através de seu presidente, mostrou as caras e incluiu o arroz em sua pauta de revindicações.
Embora a bandeira desta entidade seja restrita, parece que o bom senso está prevalecendo pelos seus membros, parabéns pela iniciativa, os agricultores de forma geral do RGS louvam esta atitude, em que a união de todas as entidades representavas neste momento de crise se faz mais do que necessário.