Filipinas demanda mais 500 mil toneladas de arroz e aquece mercado da Ásia

Além de 250 mil toneladas já adquiridas, a NFA sinaliza com mais 500 mil toneladas para restabelecer o estoque regulador do país.

Mesmo com a chegada de 250 mil toneladas de arroz (em base casca) importado no próximo mês, as Filipinas ainda vão precisaráde mais de 500 mil toneladas de arroz para preencher o estoque regulador oficial que se apresenta em forte declínio na entressafra. A demanda das Filipinas e de Bangladesh, além dos países africanos e do médio Oriente, está aquecendo o mercado asiático e ajudando na elevação dos preços.

Rachel Miguel, assistente especial da Autoridade Nacional de Alimentos (NFA), disse em uma entrevista a agências internacional que, mesmo com a importação de 250 mil toneladas de arroz, o país ainda ficará aquém do necessário para fazer frente à demanda no restante do ano até a entrada de nova safra filipina.

O NFA, uma espécie de Conab das Filipinas, é obrigado por lei a manter pelo menos um estoque permanente de reserva de 15 dias de consumo emergencial e, em média, volume equivalente a 30 dias de consumo no país durante a entressafra, de julho até setembro.

A partir de agora, espera-se que as Filipinas importem 250 mil toneladas de arroz por meio de um acordo de governo e fornecedores privados (G2P), o que aumentaria o requisito de estoque de reserva somente pelo equivalente ao consumo de seis dias.

Atualmente, o requisito de taxa de consumo diário do país é de 32.720 toneladas métricas ou 654.600 sacas.

"A posição da administração da NFA é importar mais de 250,000 MT. Vamos discutir isso com o comitê executivo da NFA, pois realmente não é suficiente para cumprir os requisitos legais e de segurança alimentar do país", disse Rachel Miguel aos repórteres.

Autoridades das Filipinas consideram que serão necessárias mais 500 mil toneladas de arroz em base casca para alcançar o requisito de estoque de reserva de 30 dias, além das já programadas 250 mil toneladas importadas que devem chegar em julho. O volume deverá ser parcelado até setembro.

Rachel Miguel, no entanto, esclareceu que os estoques privados e de outros organismos garantem que há oferta suficiente no país asiático para atender à demanda de entressafra, levando em conta a compra já realizada. No entanto, não é permitido por lei correr o risco de um enxugamento maior nos estoques reguladores.

2 Comentários

  • AGORA QUE O ARROZ ESTA COM A DEMANDA INTERNACIONAL AQUECIDA, DEVE VALER OURO. TEMOS QUE EXPORTAR MAIS PARA ENXUGAR O MERCOZUL.

  • Não entendo,la ta subindo e aqui esta lentidão,parece que ta todo mundo dormindo,cade as entidades que dizem se preocupar com os arrozeiros,vão atras de outros mercados pra tentar salvar a classe que esta agonizando.

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