Fórum do Arroz difunde tecnologias e politicas para a lavoura
Semana Arrozeira comemora os 100 anos de colheita de arroz em Alegrete (RS).
A programação da Semana Arrozeira de Alegrete ganha corpo na quarta-feira, dia 4 de junho e investe na difusão de conhecimentos teóricos e práticos para aplicação no processo de produção de arroz. Aumentar a produtividade, diminuir custos, manter o ambiente sadio e promover o bem estar humano são focos do Fórum do Arroz que se realiza em dois dias, no CTG Farroupilha, junto com a Mostra Tecnológica da Lavoura.
Serão abordados assuntos como a eficiência energética na lavoura, as qualidades nutricionais do arroz, a adequação ambiental da lavoura com a apresentação do Selo de Responsabilidade Ambiental, lançado este ano pelo governo do estado, o credenciamento de silos, a política de defesa dos interesses da classe orizícola desempenhada pelas suas entidades de classe, o custo da próxima lavoura, além de muita conversa sobre Mercado & Economia no âmbito nacional, reflexos e projeções futuras no contexto mundial de alimentos.
A organização do Fórum, coordenada pelo diretor técnico da Associação dos Arrozeiros de Alegrete, Daniel Gindri, confirma a disponibilidade de apenas trezentas inscrições direcionadas para produtores e aos diversos segmentos da comunidade, ligados à atividade orizícola.
À noite, indústria e serviços estão convidados para uma conversa informal, num jantar sob a responsabilidade da cozinha do CTG Farroupilha.
Lavoura arrozeira, atividade geradora de emprego e renda
Introduzida em Alegrete no inicio do século vinte, a lavoura arrozeira se tornou uma das mais importantes atividades econômicas do município, responsável hoje por 50% do PIB e fonte geradora de milhares de empregos diretos e indiretos.
As indústrias de beneficiamento, instaladas no município, colocaram no mercado produtos de excelência, reconhecidos nacionalmente. O cinturão de armazenagem que se formou no entorno da cidade também é reflexo da pujança agrícola configurada a cada safra.
Para se ter uma idéia, segundo dados do IRGA, em 1955 foram semeados 9.192 hectares, que produziram 21.690 toneladas de grão com uma produtividade média de 2.552 quilos por hectare. Na safra atual, Alegrete colheu 409.500 mil toneladas de arroz, cultivados em 54.600 hectares, com uma produtividade de 7.500 quilos por hectare em média. Reflexos da tecnologia sempre renovada ao alcance do produtor. Reflexos da capacitação em planejamento e gerenciamento da lavoura estimulada pelas entidades de classe.
O desenvolvimento da lavoura também estimulou a vinda de escritórios de representação de insumos, fábricas de implementos, serviços em geral utilizados nas diversas etapas desde o preparo da terra à colheita, além de gerar renda que é absorvida pelo comércio local através do consumo das famílias arrozeiras.