Fronteira Oeste aposta em tecnologia para aumentar a produção de arroz

região aposta em tecnologias simples e espera que o clima ajude as lavouras a atingirem rendimentos próximos a oito toneladas por hectare, cerca de meia tonelada a mais que na última safra.

O título de maior produção, produtividade e área plantada com arroz no Estado credencia a Fronteira Oeste a pensar alto para manter sua posição na próxima safra gaúcha. A região aposta em tecnologias simples e espera que o clima ajude as lavouras a atingirem rendimentos próximos a oito toneladas por hectare, cerca de meia tonelada a mais que na última safra.

Serão ao menos 12 roteiros técnicos e um dia de campo até março que visam mostrar ao produtor as técnicas corretas de manejo para altas produtividades. A região deve semear 307 mil hectares de arroz e os reservatórios estão com 90% da capacidade total.

De acordo com o agrônomo do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Gustavo Hernandes, praticamente todos os produtores da região utilizam algumas das técnicas preconizadas pelo Projeto 10 de maneira direta.

– Os produtores que fazem parte do P 10 difundem para os outros e contribuem para que a Fronteira tenha excelentes índices de rendimento – afirma Hernandes.

Seguir as técnicas de manejo consiste, por exemplo, em preparar o solo antecipadamente e plantar na época correta. Em Uruguaiana, 15% da área está semeada, média muito superior aos demais municípios do Rio Grande do Sul. Segundo Hernandes, o produtor que planta antes utiliza menos água e aproveita as chuvas da primavera para a germinação e irrigação das lavouras. As áreas semeadas em setembro e outubro entram no estádio reprodutivo na época de maior oferta de energia solar, o que é bom para a cultura de arroz irrigado.

Além disso, o arrozeiro poderá colher na época ideal, em fevereiro, quando há uma menor ocorrência de fenômenos climáticos adversos, como granizo. Para conscientizar os produtores, o Irga da Fronteira Oeste está implementando unidades demonstrativas com pontos principais, como irrigação, fertilização e adequação da área. Tudo para que a produtividade atinja oito toneladas por hectare e siga crescendo.

Para o produtor de Uruguaiana, Cláudio Bofill, o diferencial é fazer o que todos conhecem na época certa, como adubação equilibrada e controle de invasoras. Bofill explica que o bom resultado da última safra também foi fruto das boas condições climáticas, mas ressalta que apenas com tecnologia é possível atingir altas produtividades. O produtor deve iniciar esta semana o plantio de arroz na sua propriedade.

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