Fukushima: Cientistas contrariam versão do governo sobre arroz contaminado com radiação
Estudo comprova origem da radiação
O resultado apresentado pelos cientistas contraria a versão da Autoridade de Segurança Nuclear do Japão.
Um grupo internacional de cientistas divulgou neste domingo (17) o resultado de um estudo que comprova que as substâncias radioativas encontradas em uma amostra de arroz colhido em Minami-Soma, em 2013, vieram dos reatores da central Daiichi da usina nuclear de Fukushima
O resultado apresentado pelos cientistas contraria a versão da Autoridade de Segurança Nuclear do Japão que havia confirmado que a radiação encontrada na amostra de arroz não tinha nenhuma relação com a usina nuclear de Fukushima.
O grupo de cientistas, liderado por Akio Koizumi, professor de medicina da Universidade de Kyoto, chegou à conclusão após analizar as substâncias radioativas encontradas no arroz e comparar com as leituras de radiação em tordo da cidade de Minami-Soma.
Koizumi apresentou o resultado do estudo – realizado em parceria de cientistas japoneses, americanos e europeus – em um centro comunitário da cidade.
“A contaminação se originou das partículas radioativas que foram dispersas do entulho contaminado que foi retirado na limpeza da central Daiichi da usina de Fukushima”, concluiu o relatório.
Em 2013, um teste encontrou níveis de radiação muito elevados em amostras do arroz colhido na cidade de Minami-Shoma. O Ministério da Agricultura, no entanto, disse na época que a radiação encontrada no arroz era de “origem desconhecida”, embora tenha reconhecido que os trabalhos de limpeza poderiam ter dispersado poeira contaminada na região.
A Autoridade Regulado Nuclear do Japão afirmou que o arroz contaminado não tinha nenhuma relação com os trabalhos de limpeza da usina.