Furou o teto

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Mercosul terá o maior excedente em 10 anos para exportar em 2025

Os quatro países relevantes para o mercado do arroz e que formam o Mercosul, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, terão o maior excedente do cereal para exportar da última década em 2025, o que se tornará um grande desafio frente ao recuo dos preços internacionais e a demanda inferior de muitos países-clientes. Mesmo intrabloco, onde o Brasil absorveu perto de 1,5 milhão de toneladas em 2024, a situação é complicada, uma vez que o país deverá colher uma safra acima de sua demanda interna. Exportar será vital para o mercado brasileiro.

Os preços recordes obtidos em 2024 incentivaram os arrozeiros do Mercosul a plantarem mais, o que só não alcançou um patamar ainda maior por causa do desastre climático que atingiu a metade Sul gaúcha. Na soma dos quatro países, haverá um aumento de 10,5% na área semeada, alcançando 2.365.924 hectares destinados à rizicultura, com produção final prevista em 16,282 milhões de toneladas, em base casca, ou 12,7%. Nesse valor já estão descontados os 60 mil hectares a mais do levantamento superestimado da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Serão semeados 225.045 hectares a mais do que em 2023/24, segundo as estimativas de consultorias privadas, institutos e organismos governamentais, na soma dos quatro países. A produção deverá ser 1.829,3 milhão maior do que no ano passado, suficiente para recompor estoques.

A expectativa é de que todo o Mercosul tenha um consumo de 12.022,5 mil toneladas de arroz, em base casca, em 2025. Com isso, o excedente exportável é de 4.259.300, sendo que entre 1,2 e 1,3 milhão deverá ingressar no Brasil. Com os preços internacionais em queda, os Estados Unidos colhendo boas safras, os clientes só adquirindo arroz em condições muito favoráveis, este promete ser um ano de estoques crescentes no bloco econômico. Ao fim de 2024, para não ter maiores problemas com um estoque de passagem superior ao seu interesse, por exemplo, o Uruguai direcionou um bom volume de negócios para o Brasil a preços competitivos.

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