Giovanella leva situação do rizicultor a Brasília

 Giovanella leva situação do rizicultor a Brasília

Giovanella: não dá pra competir com importado

Para dirigente, não é justo o produtor brasileiro pagar imposto maior do que o arroz importado.

O presidente da Cooperativa Juriti e da Associação dos Rizicultores do Litoral Norte Catarinense (Arinca), Orlando Giovanella, cumpriu agenda esta semana em Brasília e em Florianópolis, tratando de questões que preocupam tanto os produtores quanto os engenhos. Na Capital da República, acompanhado do prefeito Sésar Tassi e demais membros da comitiva massarandubense, Orlando participou de encontros com parlamentares federais pedindo apoio à rizicultura junto ao Ministério da Agricultura em face de degradação da atividade que está à beira da falência, como frisou.

Entre as principais reivindicações está a taxação de impostos do arroz importado no mesmo percentual que os produtores brasileiros pagam, para que haja competitividade. “Não é justo o produtor brasileiro pagar imposto maior do que o importado”, observou. Além disso, a categoria pede que o rizicultor possa adquirir defensivos de países do Mercosul, que tem valores 50% mais baixo e até mais.

Outra questão é a diferenciação de impostos entre um Estado e outro, provocando a chamada “guerra fiscal” das alíquotas do ICMS, que no entendimento do presidente da Cooperativa Juriti e da Arinca, é predatória. Solicitou-se ao Ministério da Agricultura a revisão do preço mínimo da saca do arroz e apoio para uma campanha sobre a importância do arroz na formação da cesta básica de forma a promover o aumento do consumo e ampliação do plantio.

Em Florianópolis, na manhã de ontem (21), Orlando Giovanella, a convite do prefeito Sésar, tomou parte da audiência que o governador Moisés concedeu aos prefeitos do Vale do Itapocu no Palácio da Agronômica. A luta é pela revogação do decreto baixado no final de dezembro pelo ex-governador Pinho Moreira, que elevou a alíquota do ICMS da cesta básica.

No caso do arroz, a taxação do ICMS passa de 7 para 12% em Santa Catarina, enquanto que no Rio Grande do Sul, maior produtor do cereal do Brasil, permanece em 7%. Outra preocupação colocada pelo presidente da Cooperativa é a cobrança de 17% de ICMS a partir de 1º de abril nos defensivos agrícolas. “Se na situação atual já está ruim para o produtor do arroz, com a elevação do ICMS está se tornando desesperadora. É preciso reverter essa situação sob pena de tornar a rizicultura catarinense impraticável. É preciso um preço justo para quem trabalha com dignidade, para que o agricultor possa se manter com um ganho mínimo”, concluiu.

“Não é justo o produtor brasileiro pagar imposto maior do que o importado”

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