Governo Macri confirma que vai retirar impostos do arroz argentino

Sem impostos de exportação, a Argentina espera retomar sua fatia de mercado mundial.

O economista Rogelio Frigerio, atual presidente do Banco da Cidade, de Buenos Aires, provável ministro da Economia do governo eleito da Argentina, encabeçado pelo presidente Maurício Macri, confirmou nesta segunda-feira (30/11) que a primeira medida da nova gestão será suspender a cobrança de impostos sobre a exportação de arroz, as chamadas "retenciones". O anúncio foi feito com exclusividade na semana que passou para um site local especializado em temas arrozeiros. Para Frigerio, trata-se de "um péssimo imposto".

Segundo ele, já está decidida a eliminação das "retenções" das economias regionais, entre elas as que afetam a exportação e produção de arroz, uma atividade considerada importante para Entre Rios e Corrientes, especialmente. A ordem de Macri, de acordo com o futuro ministro, é impulsionar as exportações e eliminar qualquer coisa que restrinja a comercialização para o mercado internacional.

A única exceção é a soja, que terá uma redução gradual de cinco pontos percentuais ao ano. No entendimento de Frigerio, a geração de renda e empregos no campo compensarão os valores que deixarão de ser arrecadados pelos tributos, bem como haverá uma queda nos custos fiscais e isso deverá tornar os produtos argentinos mais competitivos.

Para ele, o impacto da retirada dos impostos será pequeno na arrecadação, uma vez que o país "exporta cada vez menos". Segundo ele, uma maior atividade econômica derivada da menor carga tributária vai gerar mais divisas para as Províncias e para o País.

Os custos de produção na Argentina subiram significativamente nesta temporada, principalmente com energia e combustíveis, e pelo menos 30% de seus estoques permanecem sem chance de comercialização. Os preços caíram e a expectativa é de que a área semeada, já em fase final da operação, seja reduzida em até 10%.

1 Comentário

  • Notícia ruim para o produtor gaúcho, que vê o preço do seu produto despencar em plena safra, com a entrada do arroz argentino. Arroz mais barato devido a este tipo de politica protecionista argentina. O BR deveria impor uma taxa para equiparar valores, já que o arroz produzido aqui é menos competitivo.

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