Governo promove consumo do arroz na rede escolar
Estudos recentes comprovam que a adição de apenas 150 gramas ou subprodutos na dieta diária dos 37,4 milhões de estudantes das escolas públicas do Brasil seria suficiente para estimular um consumo mensal de 111 mil toneladas do grão.
As comprovadas propriedades nutricionais e benefícios à saúde proporcionadas pelo arroz servem de argumento para o Governo do Estado defender sua inclusão na merenda escolar. Estudos recentes comprovam que a adição de apenas 150 gramas ou subprodutos na dieta diária dos 37,4 milhões de estudantes das escolas públicas do Brasil seria suficiente para estimular um consumo mensal de 111 mil toneladas do grão.
O ponto de partida dessa iniciativa é o Seminário de Alimentação Escolar que o Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) realizará em Porto Alegre, defendendo propostas como a substituição bem-sucedida em outros estados, como Santa Catarina de todos os derivados de trigo por farinha de arroz na alimentação servida nos estabelecimentos de ensino, à base de biscoitos e massas.
Na programação do evento, que ocorrerá em 19 de julho, das 8h às 17h, tendo como público-alvo secretários de Educação, membros de Conselhos de Alimentação, nutricionistas, técnicos e coordenadores de programas de alimentação da rede pública de ensino, estarão em pauta temas como o Irga e a cadeia produtiva do arroz; tendências e determinantes de consumo de arroz; campanha de incentivo ao consumo; Centro de Excelência do Arroz; inclusão de farinha e macarrão de arroz no Programa de Alimentação Escolar: o exemplo de Florianópolis (SC); farinha e macarrão de arroz em alimentação institucional e propriedades nutracêuticas do arroz.
Os excedentes de safra, o incremento da renda do produtor e a queda do consumo per capita do cereal (motivada pela atração exercida pelos fast-foods, pela crescente participação da mulher no mercado de trabalho e pelo mito de que o arroz engorda) levaram o Governo Rigotto e o Irga a criarem o Centro de Excelência do Arroz e a desenvolver a campanha Marketing do Arroz.
A iniciativa integra o Programa Arroz RS, que a partir de 2003 fez com que a produtividade superasse em 1,5 mil quilos por hectare a média do Estado, ajudando, com isso, a livrar o país da dependência das importações para o abastecimento do mercado interno. A primeira etapa concentrou-se na emissão de um selo de qualidade e na divulgação, dentro das fronteiras do Estado, através da mídia, da meta de aumentar a ingestão anual em um quilo por habitante ao longo de cinco anos.
A campanha levou ao conhecimento da população regional o verdadeiro valor do arroz em termos nutricionais e as vantagens de sua presença na refeição diária. Foram considerados os hábitos contemporâneos, a maior inserção da população no mercado de trabalho e a falta de tempo, fatores que colaboram para uma alimentação menos saudável, o que estimulou o consumo de lanches rápidos.
Por exemplo: óleo de arroz não possui colesterol nem glúten, previne doenças do sistema digestivo e regula a flora intestinal. Estudos comprovam que o alto teor de amilose, substância presente no produto, propicia menor resposta glicêmica e a diminuição da quantidade de triglicerídios no sangue, além de auxiliar no tratamento de doenças como o diabetes, reduzir o risco da ocorrência de câncer de intestino, regular a flora intestinal e ajudar na prevenção de doenças do intestino e do coração.
Na busca de alternativas para acelerar a volta do arroz à mesa dos gaúchos, o Irga propõe-se a um trabalho para inserir o grão e seus derivados na alimentação dos alunos da rede pública de ensino, com proposta para ampliação a toda a comunidade. Segundo dados do Ministério da Saúde, atualmente há 37,4 milhões de estudantes na rede pública no país.
Se, na dieta diária, cada um dos alunos ingerisse 150g de arroz, ao final de um mês o consumo chegaria a 111 mil toneladas. A idéia é seguir a experiência adotada, com grande sucesso, pela rede pública de Florianópolis, capital catarinense, na qual todos os derivados de trigo foram substituídos pela farinha de arroz na alimentação escolar, como biscoitos e massas.