Governo volta a prometer linha de crédito para endividados
Pelo terceiro mês seguido, os políticos e o governo prometem solução para o endividamento ´na semana que vem´.
O senador Luiz Carlos Heinze e o deputado federal Alceu Moreira percorreram alguns polos produtivos de arroz do Rio Grande do Sul no último final de semana para realizarem reuniões regionais e anteciparem às lideranças setoriais a dinâmica de uma linha de crédito estimada em R$ 1 bilhão, para permitir que os arrozeiros renegociem os débitos com agentes bancários, fornecedores e indústrias que os custeiam. A medida é gestada desde o início do ano, mas os produtores não aceitavam os termos.
O prazo acabou ajustado de acordo com a demanda arrozeira, em 12 anos para pagamento, mas com três de carência, totalizando 15 anos. Os juros, no entanto, em 8% ao ano, estão longe de serem ideais. Os produtores queriam algo próximo da inflação, entre 4% e 5% ao ano. O volume também não satisfaz, uma vez que o total da dívida arrozeira apenas no Estado gira entre R$ 2 e R$ 3 bilhões.
Os políticos avisaram que a liberação dos rcursos vem acompanhada de uma má notícia. O crédito do BNDES será válido também para outras culturas. ou seja, se já era suficiente para atender a menos da metade dos arrozeiros, a disputa aumentará com a presença de segmentos como o trigo, por exemplo.A promessa dos políticos, pela terceira vez em mais de três meses, é de que a linha de crédito poderá ser acessada ainda esta semana. a partir da definição das regras de acesso e da autorização formal.No entanto, escaldados, os arrozeiros acreditam que se sair, poderá levar mais 15 a 20 dias, e bater com o vencimento dos custeios e parcelamentos das safras frustradas ou renegociações dos passivos de outras safras.
Mais uma vez o problema é o Ministério da Economia, onde os recursos são enxugados e a liberação passa por um funil muito justo e burocrático. Farsul e Federarroz, políticos e entidades setoriais se reuniram na Farsul para montarem uma cartilha de acesso ao crédito, como forma de favorecer o rápido acesso aos produtores do setor. A cartilha e os esclarecimentos serão repassados pelas federações às associações regionais que repassarão as informações aos interessados.
A expectativa é de que pelo menos 25% dos volumes totais das dívidas sejam renegociadas por este instrumento. Os demais produtores precisarão buscar outros mecanismos e outras formas. Também deve ser definido o modelo final de uso do aval solidário.
1 Comentário
Prorrogue-se R$ 1 milhão, juros de 8% ao ano, 15 anos, pagaremoss 3 milhões… Arroz tem subido em média de 4 a 5% ao ano, consumo reduzindo, exportações reduzindo… Façam bem suas contas… Não se existe milagre quando se quer empurrar com a barriga!!! A menos que você deseja negociar seus débitos e migrar para a soja… Lá tem margem !!! Mas acreditar na teoria patética de que contraindo mais divida para diluir nas safra seguintes isso não existe… É coisa de roleiro que vai se enliar na corda logo ali!!!