Grupo de trabalho planeja ações de economia de energia na lavoura gaúcha

O trabalho visa a implantar a eficiência elétrica nas lavouras de arroz, reduzir custos e torná-las mais competitivas.

Criado por determinação do governador Germano Rigotto, um grupo de trabalho, organizado pela Secretaria de Energia, Minas e Comunicações, começou a examinar alternativas para tornar mais competitiva a lavoura de arroz no Rio Grande do Sul. O Estado responde por 53,3% da produção de arroz do Brasil e 44,5% do Mercosul, com lavouras em 188 municípios e geração de 272 mil postos de trabalho, dos quais 32 mil diretos. Dessas plantações, 98% do arroz são irrigadas.

O trabalho do grupo, informa o secretário substituto de Energia, Francisco Brandão, visa a implantar a eficiência elétrica nas lavouras de arroz. Um dos caminhos mais curtos para a mudança é a substituição de equipamentos antigos por modelos mais eficientes, com maior desempenho e menor consumo de energia elétrica. A CaixaRS – Fomento Econômico e Social e o Banrisul poderão ser os agentes financeiros da conversão.

O grupo examina a criação de linhas de crédito com taxas de juros e condições especiais de amortização para estimular orizicultores e outros segmentos a efetivarem a troca. “É preciso encontrar uma maneira de melhorar o consumo de energia durante a captação de água necessária para a irrigação do arroz, diminuir as perdas de água e, com isso, melhorar os resultados finais”, afirma Brandão. Um problema sério enfrentado pelos arrozeiros é o da queda de tensão e de falta de energia. Esses fatos ocasionam a queima de motores e transformadores.

A formalização do grupo de trabalho está prevista para a segunda quinzena deste mês. Será composto pelas secretarias de Energia, Minas e Comunicações e da Agricultura e Abastecimento, Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), CEEE, Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).

Na última quarta feira (1º), Brandão reuniu na sua secretaria o presidente da CEEE, Antonio Carlos Brites Jaques, o diretor de distribuição da CEEE, Luiz Antônio Leão, o representante da Farsul, Antônio Chaves Barcelos, e os representantes do Irga, Elio Marcolin e Mauricio Fischer, da Federarroz, Pedro Barcellos, do Banrisul, Francisco Finamor, e da pasta da Agricultura, Hermes Ribeiro.

No Rio Grande do Sul, o arroz representa cerca de 8% da arrecadação do ICMS. Na última safra foram plantados, mais de 1 milhão de hectares, dos quais a maior parte foi de arroz irrigado. A safra foi de 6,2 milhões de toneladas. De acordo com Francisco Brandão, apenas na irrigação é possível obter uma redução de custo de energia de 60% com a substituição de motores. A energia representa cerca de 10% do custo total de produção do arroz.

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