Guedes Pinto anuncia que haverá mais recursos para o arroz, se preciso

Se for necessário, Governo Federal vai aplicar mais recursos para garantir o preço mínimo.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, anunciou hoje, durante a 17ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na Granja Piraí, em São Gabriel (RS), que não faltará investimentos do Governo Federal para mecanismos de sustentação de preços. Ele não revelou quais as novas operações que serão ofertadas aos produtores, mas destacou os três procedimentos que já estão sendo colocados em prática: AGFs, EGFs e Contratos de Opção Pública.

– Se necessário, eu friso, apenas se necessário, vamos colocar mais recursos no setor para garantir melhores condições de comercialização. Os produtores terão uma surpresa positiva com o anúncio do Plano Safra, que está sendo preparado e será divulgado no mês de maio – agendou Guedes Pinto.

Outra boa notícia revelada pelo ministro, na 17ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, logo após ter tripulado a colheitadeira John Deere para o corte inaugural de uma pequena parcela da lavoura de arroz da Granja Piraí, foi de que o Governo Federal pretende ampliar para a safra 2007/08 a liberação de empréstimos que têm juros controlados de 8,75% ao ano. Garantiu que este volume será elevado em 30%, assegurando maior acesso ao crédito oficial.

Durante o almoço e os discursos, já no parque Assis Brasil, do Sindicato Rural de São Gabriel, o ministro Guedes Pinto elogiou a perseverança dos produtores de arroz brasileiros. Ele reconheceu que este foi um dos setores que mais sofreu os efeitos do ciclo de baixa do agronegócio nacional, nos últimos três anos, mas considera que esta fase já passou e que um ciclo bem mais favorável está começando. Foi muito aplaudido ao lembrar que pela primeira vez os recursos para os mecanismos de sustentação de preços chegaram antes da safra, e enfatizar que isso demonstra a boa vontade e o interesse do governo federal pela produção agrícola.

– Deveria ser sempre assim, todos sabemos. Mas, infelizmente, a liberação de recursos depende de orçamento e outras burocracias que fogem à vontade do ministro, dos técnicos e das demais instâncias do governo – frisou.

As informações do ministro foram consideradas positivas pelo diretor de Mercado da Federarroz, Marco Aurélio Marques Tavares. Segundo ele, a segurança de que além dos 700 milhões para AGFs, EGFs, Opções Públicas, pré-comercialização e CPRs, haverá outros mecanismos e mais uma “reserva”, se isso não for suficiente para estabilizar preços acima de R$ 22,00, tranquilizará o mercado.

RESULTADOS

O presidente da Federarroz, Valter José Pötter, considerou excelentes os resultados da 17ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz :
– Recebemos pelo menos quatro grandes notícias do governo federal nesta 17ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz: R$ 700 milhões para os mecanismos de sustentação de preços, já com liberação de recursos; a disponibilidade de mais recursos e mecanismos por parte do governo federal, se o setor precisar; a sinalização de um preço muito próximo do mínimo pelo resultado do Leilão de Opção Pública; a indicação de uma média de preços em R$ 27,50 para a saca de arroz este ano, segundo a Conab – relacionou Pötter.

Ainda segundo o presidente da Federarroz, ainda são grandes notícias para o setor a confirmação por parte da governadora Yeda Crusius do nome do pesquisador Maurício Fischer para presidente do Irga, que era um pleito da lavoura e a assinatura de um decreto para a formação de um grupo técnico de trabalho para estudar a regulamentação das leis estaduais que estabelecem a cobrança de taxa CDO e a obrigação de pesagem e exames fitossanitários e residuais sobre arroz importado do Mercosul, que usa agroquímicos proibido no Brasil.

As promessas de que o setor será positivamente surpreendido no Plano Safra do Governo Federal e terá ações prioritárias no Programa de Irrigação do governo do Estado, também são consideradas expectativas positivas para o setor.

– Nem tudo o que precisamos neste momento foi atendido, mas são temas que entraram em uma agenda positiva na relação entre o setor, o Governo do Estado e o Foverno Federal, explicou Valter José Pötter.

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