Guiné-Bissau com quebra na produção de arroz na campanha 2014/15

A produção do país não supera 3 meses de consumo. Em situação normal, são produzidas 110 mil toneladas e importadas outras 150 mil.

A produção de arroz na Guiné-Bissau deverá registar uma queda de 36% na campanha agrícola 2014/15, disse domingo em Bissau Rui Fonseca, da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO.

Rui Fonseca disse ainda à agência noticiosa Lusa que tal facto ficará a dever-se à “chegada tardia das chuvas, com má repartição no espaço e no tempo.”

Numa campanha com bons resultados, a produção local cobre habitualmente as necessidade de “quatro a cinco meses” de consumo de arroz, mas desta vez não deverá chegar para mais que três meses, alertou.

“A Guiné-Bissau deverá ter um défice de 46 mil toneladas de arroz, que deverão ser completadas através de fundos a que o governo possa eventualmente recorrer”, acrescentou Rui Fonseca.

Fonseca adiantou ser preciso começar a pensar já em medidas de apoio ao próximo ano agrícola, porque a actual quebra vai provocar um consumo antecipado das sementes que deveriam ser lançadas à terra, além de deixar os agricultores sem alimento, nem rendimento.

A avaliação da campanha agrícola na Guiné-Bissau é feita todos os anos pela FAO, em conjunto com o Programa Alimentar Mundial (PAM), o governo guineense e o Comité Permanente Inter-estados de Luta Contra a Seca no Sahel (CILSS).

Em condições normais, a Guiné-Bissau produz cerca de 111 mil toneladas de arroz e importa cerca de 150 mil toneladas que custam 75 milhões de dólares.

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