Henrique Dornelles assume presidência da Câmara Setorial do Arroz
(Por Ieda Risco) A 34ª Abertura da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas sediou, na manhã desta quarta-feira, 21 de fevereiro, a reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz. O encontro, no auditório Frederico Costa, reuniu produtores e entidades e celebrou a troca de comando da Câmara. Realizada pela Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), a Abertura da Colheita acontece até sexta-feira, dia 23, na Estação Experimental da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS).
Em simbólica passagem de microfones para a realização de suas falas, o ex-presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, assumiu a presidência da Câmara Setorial. Ele disse que está satisfeito por voltar a liderar, representando a Federarroz, em um ambiente diverso. “Imagino que hoje o setor está praticamente pacificado pelo equilíbrio entre oferta e demanda. O protagonista disso é o produtor rural que soube dosar”, afirmou Dornelles. Já Daire Coutinho, que deixa a presidência da Câmara, agradeceu o apoio que recebeu durante sua gestão e ressaltou a capacidade de negociação de seu sucessor.
Durante a reunião, o analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Sérgio dos Santos Júnior, apresentou dados conjunturais sobre a produção nacional de grãos e sobre o arroz. Segundo ele, o Brasil produz, hoje, 300 milhões de toneladas de grãos, sendo, destes, 10 milhões de toneladas de arroz. O grão ocupa a terceira posição entre os mais produzidos no país. Santos também mostrou que houve uma recuperação de área cultivada, sendo destaque o Rio Grande do Sul com recuperação de 7% com relação à safra anterior. Sobre produtividade, o analista apresentou que no estado, onde algumas regiões foram afetadas pelo excesso hídrico, a média com a qual trabalha a Conab é de 8,3 toneladas por hectare.
Após a apresentação da Conab e as manifestações de alguns presentes, o presidente da Câmara avaliou o cenário da cultura e se disse inquieto com relação aos custos futuros de produção. “Não dos insumos em si, mas dos aumentos e possíveis variações em relação à tributação do produto. Nós teremos um desafio em talvez propor algumas interferências com o objetivo de garantir um alimento com preços adequados à população”, avaliou.