Henrique Dornelles é o novo presidente da Federarroz

 Henrique Dornelles é o novo presidente da Federarroz

Dornelles: setor deve ser fortalecido e produtor ter garantia de renda

Renda e competitividade ao setor são as metas de sua gestão.

O engenheiro mecânico Henrique Dornelles é o novo presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz). Ele foi eleito nesta sexta-feira na assembleia geral em Dom Pedrito, com o voto de 15 associações de rizicultores. O candidato Juarez Petry de Souza obteve 11 votos e, após o resultado, pregou a união dos arrozeiros em torno da entidade. A posse acontecerá ainda em julho.

Dornelles terá como meta prioritária em sua gestão de três anos a busca de renda ao produtor, incentivar uma ainda maior profissionalização do setor, principalmente em boas práticas de gestão, e à competitividade do cereal gaúcho, com especial ênfase à exportação. Também manterá o trabalho em conjunto com Farsul, Irga e Fetag nas demandas setoriais. “Queremos construir com o governo do Estado uma participação ainda mais efetiva do Irga nas diretrizes estruturais da lavoura gaúcha”.

Entre as primeiras ações de Henrique Dornelles está uma viagem à Brasília (DF) para se apresentar aos ministérios da Fazenda e da Agricultura e estabelecer tratativas a cerca do preço mínimo do arroz, que foi congelado por mais um ano, pelo governo federal, para os produtores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O presidente eleito elogiou a conduta de Juarez Petry de Souza, que após o escrutínio dos votos convocou o apoio dos arrozeiros à nova diretoria e pregou a união do setor. “Fomos concorrentes no pleito, mas somos colegas na lavoura, unidos pela causa da rizicultura”, disse Henrique Dornelles.

O presidente da Federarroz, Renato Rocha, destacou o fortalecimento da entidade com a mobilização das 26 associações votantes na assembleia ocorrida no Sindicato Rural de Dom Pedrito. Enfatizou que ao final de seis anos como presidente, e três como diretor, encerra um ciclo executivo com o sentimento de dever cumprido. “Saneamos as finanças da Federarroz e a reconduzimos, com nossos diretores, vice-presidentes e a força dos arrozeiros, ao um lugar de destaque no agronegócio brasileiro”, frisou. Rocha ainda agradeceu às suas equipes diretivas e de trabalho, às associações e comunidades que receberam as Aberturas da Colheita pela colaboração ao longo dos últimos nove anos.

Ele enumerou algumas das muitas conquistas alcançadas no período, como a renegociação de dívidas e a volta do Brasil ao caminho da exportação, em ação integrada da cadeia produtiva. “Desenvolvemos ações pró-ativas, estratégicas, que levaram a avanços nas relações de mercado, com os governos, tecnológicas e de gestão. Praticamente todas estas ações são frutos diretos de bandeiras defendidas pela Federarroz”, enfatizou. Rocha, que é economista, assumirá a presidência do Conselho Consultivo, formado pelos ex-presidentes da entidade: Valter José Pötter, Tonico Paz, Clóvis Terra, Artur de Albuquerque e Breno Prates. E no campo profissional, desenvolverá suas atividades como consultor em Planejamento Estratégico de entidades e empresas do agronegócio.

PERFIL – O presidente eleito, Henrique Dornelles, tem 38 anos, é engenheiro mecânico e administrador da Parceria Passo do Angico, onde cultivada 750 hectares de arroz e destina 2 mil hectares à pecuária. É sócio-proprietário da Cristal Aviação Agrícola, ambos no município de Alegrete (RS). Além de ser atual vice-presidente da Federarroz na Fronteira Oeste, já presidiu a Associação de Arrozeiros de Alegrete e integra outras organizações comunitárias em seu município.

8 Comentários

  • Parabéns pela brilhante vitória nesta que foi a primeira eleição onde houve disputa com a concorrência de uma outra chapa. Essa disputa, ao contrário do que pensam alguns, somente fortalece e engrandece a entidade. É lógico que também traz no seu bojo uma maior responsabilidade. Tenho certeza de que vais ter a grandeza de ouvir e respeitar opiniões diferentes daquelas já consagradas como “verdades absolutas”. O novo se constrói ouvindo também as opiniões divergentes. Temos que decidir se queremos, de uma vez por todas ser vencedores, e agir como tal, ou se vamos querer que o paternalismo estatal mostre o caminho a ser seguido. Produzimos o alimento mais consumido no mundo e no nosso país, e já demonstramos competência e eficiência para que nos respeitem como pró-ativos para a sociedade gaúcha e brasileira.

  • Henrique: desejo sucesso nesta empreitada. Me coloco desde já à disposição desta diretoria que conseguiste congregar, e que num trabalho de equipe, certamente dará um novo rumo à nossa atividade!

  • Não sei se vai ler esta mensagem!
    Sr. Henrique Dornelles: Obrigado por nos estar representando!
    Tenho 54 anos e gastei 20 anos de minha vida em atuação classista. Já vivi o conselho do IRGA como suplente e titular. Já fui presidente por 2 mandatos da UCR de Cachoeira do Sul. Já vivi FEDERRROZ com o Breno Prates e o Clóvis Terra Machado. Já fui a Brasília em diversas oportunidades. Nunca consegui alguma coisa para nós arrozeiros! Os políticos querem que continuemos produzindo arroz bem barato para o povo, destroçando nosso patrimônio, para que eles consigam a reeleição. Sugestões: não “gaste pólvora em chimango”, não vá a Brasília com o chapéu na mão. Não gaste anos da tua vida fazendo o que tantos já fizeram e não conseguiram nada! Trabalhe na profissionalização da classe. Está nas nossas mãos a regulação do mercado. Hoje temos a soja como alternativa rentável, engordamos boi na soca do arroz com suplementação e amanhã teremos o milho. MUDE A HISTÓRIA DO ARROZ. Estou cansado de ser chamado de chorão!
    Abraço

  • Sr. Fernando Hoerbe, não ache que as coisas são sempre iguais, se o senhor não conseguiu nada, não significa que os outros também não vão conseguir, eu sempre disse aqui e volto a dizer é preciso gente forte no comando, os fracos e os desestimulados que não contaminem os que querem trabalhar para mudar as coisas. E mais um conselho Sr. Fernando Hoerbe, para de CHORAR aqui no site. OLHO VIVO PESSOAL.

  • Nesse aspecto o Sr. Alexandre Dutra está com a razão… Não podemos baixar a crista pro peleguismo… Temos que lutar sem esmorecer jamais… Sangue novo… Novas idéias… Temos que apoiar nosso novo presidente com todas as forças… Nada de divisão… Só que para isso dependemos muito ainda dos políticos arcaícos que nos cercam… Ano que vem temos que renovar a nossa bancada ruralista gaucha… Temos que encontrar novos líderes para o setor… Gente que chegue em Brasília de cabeça erguida disposta a trancar o pé e organizar o setor… nem que seja para trancar pontes novamente ou fazer caminhonaço… Temos que ser ouvidos… O governo não é nosso aliado… Muito menos os conchavos políticos que se formam ao redor dele… É preciso trabalhar desde agora pela nossa própria Reforma Política Gaucha… Se não quisermos ser ultrapassados pelo bonde da esperança e da justiça que está passando… está na hora dos velhos dar lugar aos novos… justos e bons de coração… Talvez um dia poderemos produzir sem depender do governo e dessas politicagens populistas que só nos trazem prejuízos!!!

  • O cabresto dos políticos, hoje, só serve aos fracos e ingênuos. Vamos juntos, Sr. Alexandre Dutra, ajudar o Dr. Henrique Dornelles a MUDAR A HISTÓRIA DO ARROZ!
    Abraço

  • Primeiro passo seria pressionar o governo pra terminar a CPI do arroz, não podemos deixar passar em branco a TABELA ORELHANA e a FORMAÇÃO DE CARTEL!!!
    Tem a lei que o arroz importado tem que ser pesado e classificado e não esta sendo cumprida, preço mínimo, custo de produção etc….
    A luta é grande pois a batalha é antiga, força e boa sorte!!!

  • Segundo informações recentemente divulgadas pela imprensa, somente neste ano o Brasil importou mais de 400 mil toneladas de arroz oriundas do PARAGUAI… A maioria dos importadores está localizada no centro e norte do País… Pergunto ao Srs. Experts desse semanário: – De que forma esse arroz está sendo internacionalizado se o PARAGUAI desde o ano passado foi excluído do MERCOSUL e recentemente em reunião em Montevidéo disse que não quer mais retornar??? Esse arroz está sendo importado ainda com as mesmas regalias dadas aos demais membros do MERCOSUL com isenção de TEC e outras taxas??? Bom Sr. Henrique Dornelles está lançada a dúvida e espero que a FEDERARROZ se manifeste a respeito, pois este assunto atinge diretamente os produtores aqui do Sul… Espero que entidades como FARSUL e IRGA também se manifestem sobre o assunto… Já falei aqui que quem tumultua o mercado brasileiro não é mais a Argentina e o Uruguai, mas sim o arroz que vem do Paraguai… OLHO VIVO… Temos que trancar a porteira…Vamos cobrar o posicionamento das nossas representações… Querem que plantemos mais, pois que nos deem garantias que teremos preços justos!!!

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