Híbrido ganha espaço
Híbridos: RiceTec triplica área no RS
RiceTec projeta área de 15 mil hectares na safra 2006/2007.
ORio Grande do Sul terá na safra 2006/2007 uma área de 15 mil hectares cultivados com arroz híbrido da RiceTec. A área será três vezes maior do que na última safra. O crescimento resulta do alto potencial produtivo das sementes. Na safra passada, a lavoura gaúcha teve cinco mil hectares de arroz RiceTec. Segundo dados da empresa, a produtividade média da variedade Avaxi, primeiro híbrido da lavoura gaúcha, supera 10 toneladas por hectare em áreas comerciais e em experimentos avaliados desde a safra 2002/2003.
Na safra passada, em Artigas, no Uruguai, as sementes Avaxi tiveram desempenho ainda melhor, com 15,6 toneladas por hectare. Para o gerente comercial da RiceTec, Helvio Missau, uma das receitas para o bom rendimento do arroz híbrido é o acompanhamento técnico prestado aos produtores. “Não só vendemos sementes que combinam vantagens genéticas, mas acompanhamos o trabalho no campo para garantir o sucesso da lavoura”, enfatiza Missau.
A RiceTec está lançando para a safra 2006/2007 a variedade Sator CL para o plantio em áreas comerciais. Segundo Helvio Missau, cerca de 400 hectares serão plantados este ano com Sator CL. Essas sementes têm a tecnologia do sistema Clearfield, ciclo médio e resistência a brusone e manchas foliares. Nas áreas experimentais cultivadas no ano passado, Sator CL teve produtividade de 13 toneladas/hectare em lavouras de São Gabriel e Tapes. O melhor resultado foi em Santa Vitória do Palmar: o rendimento chegou a 13,7 t/ha. Além dos 15 mil hectares no RS, a RiceTec ampliará as áreas comerciais e de experimentos em quase todos os estados brasileiros produtores de arroz irrigado e também no Mercosul.
O sucesso dos experimentos e lavouras comerciais com arroz híbrido trouxe recentemente o presidente mundial da RiceTec, Wolfgang Samo, para uma visita ao Brasil.
Questão básica
A RiceTec está fazendo testes com várias outras sementes híbridas e tem pelo menos três variedades promissoras, sendo que uma delas é para plantio em terras altas. Ainda não há previsão de lançamento, pois existem alguns testes a serem feitos até que se tornem cultivares comerciais.
