Hohlfeldt e ministro Rodrigues abrem colheita do arroz

Ministro Roberto Rodrigues afirmou que os contratos de opção estarão regulamentados em no máximo 15 dias e anunciou a disponibilidade de R$ 240 milhões em EGFs, CPR e LEC, garantindo que os produtores da Metade Sul poderão obter empréstimos já na terça-feira.

O vice-governador gaúcho Antônio Hohlfeldt e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Roberto Rodrigues, dirigiram neste domingo a solenidade de abertura da 14ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na Granja Zanetti, em Santa Vitória do Palmar. Hohlfeldt substituiu de última hora Germano Rigotto devido ao falecimento do sogro do governador. O secretário da Agricultura e Abastecimento Odacir Klein também participou do evento.

Nesta safra, o Rio Grande do Sul colherá 5,9 milhões de toneladas do grão, com projeção de rendimento médio de 5,75 toneladas por hectare. “O Estado se orgulha de contribuir com 50% do arroz nacional, 25% do arroz da América Latina e 1% da produção mundial”, disse Hohlfeldt.

A administração Germano Rigotto desenvolve tecnologia para utilização na lavoura através do Programa Arroz RS, do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Klein demonstrou a preocupação que o Governo do Estado tem em relação à garantia de rentabilidade do produtor e à manutenção e geração de empregos na cadeia da orizicultura. “É nossa meta que o Irga proporcione aumento da produtividade do cereal em uma tonelada por hectare até o final do Governo Rigotto”, afirmou Klein.

REIVINDICAÇÕES

O secretário, em nome da Câmara Setorial do Arroz, entregou para Rodrigues reivindicações visando a sustentação de equilíbrio de preço do cereal no início da colheita. O primeiro pleito é a implantação imediata do Contrato de Opção Privado, no valor de R$ 32,79, com prêmio de R$ 3,00. O preço acordado para o saco de 50 quilos teria o primeiro vencimento em abril, com os produtores e a indústria reservando-se o direito de reavaliarem o valor referido quando da implementação do mecanismo, em razão das condições de mercado. O volume de opções seria de 1,2 milhão de tonelada e recursos de R$ 72 milhões.

O setor orizícola também solicitou a rotulagem do grão importado de mercados fora do Mercosul, com a identificação da origem do produto. A medida se deve a problemas sanitários ocorridos em escala mundial, caso da influenza aviária. O terceiro pedido foi a liberação de R$ 250 milhões em Empréstimos do Governo Federal (EGFs) e Cédula de Produto Rural (CPR), além de R$ 100 milhões em Linha Especial de Crédito (LEC), destinados ao escoamento da safra.

MINISTRO

Rodrigues afirmou que os contratos de opção estarão regulamentados em no máximo 15 dias, dependendo apenas de avaliação do Ministério da Fazenda. Ele anunciou a disponibilidade de R$ 240 milhões em EGFs, CPR e LEC, garantindo que os produtores da Metade Sul poderão obter empréstimos, através do Banco do Brasil, já na terça-feira (9). Haverá ainda a adequação de R$ 84 milhões em créditos rurais, a partir de junho e com parcelamento em cinco vezes.

O ministro elogiou o trabalho da Câmara do Arroz, considerada como modelo para a criação de um fórum nacional de debate da cadeia orizícola. Rodrigues avaliou como exemplo a pesquisa e assistência ao produtor desenvolvidas pelo Instituto Rio Grandense do Arroz. “O Irga tem feito um trabalho espetacular na agricultura gaúcha”, considerou.

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