Horizontes para a competitividade
A ciência e o conhecimento gerado para a cultura orizícola foram temas da 12ª Conferência Internacional do Arroz
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O evento foi promovido pelo Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Fundação Irga e Fundo Latino- Americano de Arroz Irrigado (Flar) e Centro Internacional de Agricultura Tropical (Ciat), ambos da Colômbia. O programa da conferência, que teve como tema “Horizontes para a competitividade”, contou com 31 palestrantes de várias instituições de pesquisa, como Irri, Ciat, Flar, Inia, Irga e Embrapa, do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, da RiceTec e universidades americanas e brasileiras, entre outras. Cerca de 500 participantes prestigiaram o evento.
O diretor-geral do Instituto Internacional de Pesquisa em Arroz (Irri), Robert Zeigler, abriu os trabalhos da conferência com o painel “Visão global para a pesquisa de arroz em 2035”. Durante os três dias do evento os especialistas abordaram o conhecimento atual e a contribuição da pesquisa em melhoramento genético, manejo da cultura e mudanças climáticas, oportunidades de mercado e parcerias para a competitividade do setor na América Latina. Zeigler anunciou que a segunda Revolução Verde em arroz já está em andamento com um conjunto de tecnologias que está permitindo que produtores marginais da Ásia alcancem níveis de produtividade superiores mesmo sob clima adverso.
Para o diretor da Global Rice Science Partnership (GRiSP), Bas A. Bouman, a conferência abordou questões fundamentais para a orizicultura na América Latina. “Penso que a maior contribuição foi reunir cientistas, produtores e representantes do setor privado para compartilharem os avanços obtidos. Avalio como uma grande oportunidade para os visitantes de outros países conhecerem o que está sendo feito no Rio Grande do Sul e, ao mesmo tempo, compartilharem a realidade, as políticas e a estrutura da cadeia do arroz de seus respectivos países”, enfatizou.
Bouman, cuja palestra abordou o tema “Um modelo de parceria para a pesquisa em arroz”, disse que o Ciat vem trabalhando junto ao Flar em projetos desde o desenvolvimento de cultivares adaptadas às mais diversas regiões do planeta até a introdução de germoplasma em diferentes programas de melhoramento genético. “Em um grande continente como a América Latina é possível encontrar similaridades em clima e solo, o que possibilita que uma cultivar desenvolvida no Brasil possa se adaptar ao ambiente do Peru, por exemplo”, observou. O diretor-executivo do Flar, Eduardo Graterol, ressaltou que a conferência contribuiu para ampliar a visão que se tem sobre a produção e o mercado de arroz no continente.