IBGE e Conab elevam estimativas para a safra de grãos este ano

Arroz confirma crescimento de 14,9% na produção.

O País colherá uma safra recorde de 114,8 milhões de toneladas de soja, aumento de 0,8% em relação ao previsto no mês anterior, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de junho, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção nacional de soja será 19,5% maior este ano em comparação com a obtida em 2016. A área colhida com a oleaginosa aumentou em 2,3%. O milho deve registrar um salto de 53,5% na produção em 2017, com aumento de 17,7% na área. Já o arroz terá crescimento de 14,9% na produção, e elevação de 3,6% na área a ser colhida.

O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos agrícolas do País, responsáveis por 93,5% da estimativa da produção brasileira em 2017 e 87,8% da área a ser colhida.

Também a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), espera que a safra brasileira de grãos 2016/17 alcance 237,22 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 27,1% (ou 50,6 milhões de toneladas), em comparação com as 186,6 milhões de t da safra anterior 2015/16. Os dados foram divulgados na 10ª estimativa do órgão.

Quanto aos números do IBGE, o crescimento se deve aos reajustes de final de colheita na Bahia (7,9%, 381.600 toneladas a mais), Paraná (0,4%, acréscimo de 81.737 toneladas), Santa Catarina (4,4%, mais 101.422 toneladas), Mato Grosso do Sul (3,0%, aumento de 258.632 toneladas) e Goiás (0,2%, crescimento de 22.769 toneladas).

A produção nacional de soja será ainda maior do que o estimado em maio, assim como a produção de milho. A safra de soja será 0,8% superior ao previsto anteriormente, enquanto que o milho cresceu 0,7%. A produção de milho de primeira safra encolheu 0,4%, mas a segunda safra aumentou 1,3%.

Os demais avanços registrados na passagem de maio para junho foram no amendoim primeira safra (26,2%), cebola (5,7%), batata-inglesa segunda safra (4,5%), batata-inglesa terceira safra (2,3%) e batata-inglesa primeira safra (1,6%).

Na direção oposta, houve redução nas estimativas para o feijão terceira safra (-1,4%), feijão segunda safra (-3,9%) e amendoim segunda safra (-54,3%).

Clima. O desempenho da produção brasileira de grãos, classificada pela Conab como supersafra, deve-se às condições climáticas favoráveis e ao aumento da produtividade média de todas as culturas, com destaque para soja e milho, que tiveram alto nível de aplicação tecnológica. A produtividade da soja subiu de 2.870 kg/ha para 3.362 kg/ha na atual safra e a do milho total, de 4.178 kg/ha para 5.522 kg/ha.

O bom desempenho também é resultado de uma pequena ampliação de área de 3,9%. A soma de todas as culturas pode atingir 60,6 milhões de hectares, frente aos 58,3 milhões de hectares da safra 2015/2016.

Os números da produção e área da soja permanecem os mesmos em relação ao levantamento anterior, de junho. A produção da oleaginosa deve crescer 19,4%, para 113,93 milhões de toneladas, com ampliação de 1,9% na área plantada estimada em 33,9 milhões de hectares.

Quanto ao milho total, a produção deve alcançar 96 milhões de toneladas, 44,3% acima da safra 2015/2016. A previsão é de 30,4 milhões de toneladas para a primeira safra e de 65,6 milhões para a segunda. A área total deve alcançar 17,4 milhões de hectares, com um crescimento de 9,2%. As duas culturas respondem por 88,5% dos grãos produzidos no País, segundo a Conab.

A produção e a área do feijão total também ficaram próximas dos números do levantamento anterior, devendo atingir 3,4 milhões de toneladas, numa área de 3,1 milhões de hectares. O feijão primeira safra, que já está colhido, deve atingir produção de 1,39 milhão de toneladas, resultado 34,3% superior ao produzido em 2015/2016. Já a segunda safra deve alcançar 1,24 milhão de toneladas, sendo 613,8 mil toneladas do grão cores, 187 mil toneladas do preto e 439,6 mil toneladas do feijão caupi. A terceira safra de feijão deve alcançar 735,1 mil t, o que corresponde a um aumento de 29,7% ante a safra anterior.

No caso do algodão pluma, o crescimento é de 15,2%, podendo alcançar 1,48 milhão de toneladas, ou aumento de 15,2% sobre a safra anterior (406,1 mil t). A área cultivada deve diminuir 1,7%.

Com relação às culturas de inverno, em fase de plantio, a previsão da Conab é de queda de 9,6% na área com trigo, podendo chegar a 1,93 milhão de hectares em comparação com 2,1 milhões de hectares da safra passada. A produção, com isso, deve recuar 17,1%, para 5,58 milhões de toneladas frente às 6,73 milhões de t de 2016.

Ao contrário do trigo, a aveia deve ter a área elevada em 15,3%, podendo alcançar 336 mil hectares, com uma produção estimada em 835,3 mil toneladas, mais 0,9% ante a safra anterior (827,8 mil t).

A pesquisa foi realizada no período de 18 a 24 de junho em todas as regiões produtoras, quando foram consultadas diversas instituições e informantes cadastrados em todo o País.

Fonte: Estadão

1 Comentário

  • Quando vejo esse tipo de matéria eu me pergunto: Será que eu vivo no mesmo Brasil desse pessoal ? Meus amigos, basta fazer uma vistinha ao noroeste gaucho para perceber que quase ninguém plantou trigo e quem plantou perdeu tudo com a chuvarada e, quem replantou perdeu a época ideal. Dai esse pessoal me larga essas noticias (pra mim absurdas) de que teremos supersafra… Nao se plantou um pé de milho, de feijão, de arroz, mas ja estao falando em supersafra… Colheram um pouco mais de soja ano passado e a media normal de arroz e já vem falando em supersafra!!! Engraçado que aqui no Sul estão bem louco atras de arroz já em julho!!! A gente vai a Sobradinho comprar feijão o preço tá nas alturas e só ouve o pessoal reclamando que a chuvarada lavou tudo!!! Em tempo arroz 409 na fronteira-oeste livre de CDO e Funrural já estão pagando R$ 47… Os picafumo e picaretas que corram porque vai sobrar só barriga branca e verde em seguida prá vocês !!!

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