Índia expande exportações para a África subsaariana sensível a preços

 Índia expande exportações para a África subsaariana sensível a preços

Países que mais exportaram para a África Subsaariana

Entre 2015 e 2020, as importações da África Subsaariana aumentaram em mais de um 25%.

A África Subsaariana é a maior região importadora de arroz do mundo, cliente tradicional do Brasil, e responde por um terço das importações globais. Embora a produção da região tenha aumentado, ela continua fortemente dependente das compras deste cereal. O consumo da África Subsaariana aumentou quase 10% nos últimos cinco anos, de modo que agora as importações representam mais de dois quintos de seu consumo, segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), em relatório divulgado na semana que passou.

Segundo o relato, na região, os países da África Ocidental, bem como a África do Sul, Moçambique e Quênia são os principais destinos de importação. Os países subsaarianos geralmente importam do fornecedor mais competitivo em termos de preço. Essa tendência levou a uma forte expansão do arroz indiano para a região em 2020.

Entre 2015 e 2020, as importações da África Subsaariana aumentaram em mais de um quarto. A Tailândia e a Índia têm sido historicamente os dois maiores fornecedores desta região. Desde 2019, a Índia ganhou uma participação de mercado substancial às custas da Tailândia. Nos últimos dois anos, a Índia teve safras recordes consecutivas, enquanto as safras da Tailândia foram limitadas pela seca.

O USDA ainda considera que os impactos desses diferentes tamanhos de safra em seus preços de exportação tiveram um efeito importante na participação de mercado de cada país na África abaixo do Saara. A Índia passou de um terço da participação de mercado no mercado de importação desta região africana em 2015 para mais de dois quintos em 2020.

Em 2020, a Índia expandiu o comércio para a região, enquanto outros exportadores diminuíram. A China ampliou sua presença em 2017 a preços muito competitivos, provavelmente provenientes de arroz mais antigo, leiloado de estoques governamentais. No entanto, como o maior produtor mundial começou a buscar o grão dos estoques para uso doméstico em 2020, abastecendo o imenso mercado chinês, as suas exportações para a África diminuíram, uma tendência que deve continuar em 2021.

O Vietnã viu uma ligeira queda nas exportações em 2020 como resultado das restrições às exportações devido ao COVID-19 na última primavera e um aumento nos preços. Apesar das cotações relativamente baixas, as vendas do Paquistão foram superadas pela Índia, que tinha as menores referências em valor dos principais exportadores.

A Birmânia obteve ganhos constantes desde o início do fornecimento para a região no final de 2016, mas suas vendas para a África diminuíram em 2020 em meio às regras de cotas de exportação e à forte concorrência da Índia. O golpe recente e a instabilidade subsequente provavelmente reduzirão o ritmo de embarques deste país para a África Subsaariana, segundo relatório do USDA.

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