Indicador da FAO alcança maior patamar desde 2011

Impacto do lockdown e revisão dos estoques reduziram ofertas na Ásia em março/abril.

O Indicador de Preços Mundiais do Arroz da FAO (2002-2004 = 100) aumentou 15,9 pontos (7%) em abril de 2020, para atingir 248,2 pontos. É o mais alto nível desde dezembro de 2011. Os ganhos foram mais pronunciados para os preços do Indica (8-10%), em abril, seguido de cotações do arroz Aromático (6%) e Japônica (4%). Esse fortalecimento generalizado elevou a média do índice global no primeiro quadrimestre do ano em 5,2% acima do seu nível no período correspondente de 2019.

Os mercados asiáticos ainda estavam sofrendo com o impacto repentino na demanda doméstica impulsionada por preocupações sobre a COVID-19, quando a suspensão no final de março de novos contratos de exportação no Vietnã, seguido por notícias de que o Camboja e Myanmar interromperam novas vendas.

Limitações logísticas ligadas a medidas de quarentena, particularmente na Índia, agravou o ambiente e as políticas de exportação se tornaram encentras, elevando os preços de origem asiática. Em 1º de março foram revogadas as restrições à exportação. A tensão, no entanto, elevou os preços do arroz índica de baixa e de alta qualidade em 25% na Índia e 16% no Paquistão. Nos Estados Unidos os preços alcançaram suas cotações mais altas desde agosto de 2013, impulsionados pelos baixos estoques e fortes exportações na temporada, além da elevação do consumo nacional.

Influenciados pelas tendências das outras origens, os preços também subiram nos principais exportadores da América do Sul, embora os ganhos nesses fornecedores foram cobertas pela chegada de suprimentos recém-colhidas e, no caso da Argentina e do Brasil, por depreciações cambiais, segundo Shirley Mustafa, economista-senior da FAO em Roma.

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