Indicador da FAO mantém estabilidade no mercado global de arroz

Aromático teve melhor comportamento em maio, enquanto os índices do Índica e Japônica de qualidade superior caíram.

O Índice de preços internacionais do arroz da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), com base 2002-04 = 100, comportou-se dentro de uma estreita faixa de 221-223 pontos desde o início de 2019, segundo relatório mensal divulgado nesta quinta-feira. O indicador apresentou média de 222,0 pontos em maio de 2019, inalterada em relação ao mês anterior e confirmando esta tendência geral.

Dos principais segmentos de mercado, os movimentos de preços mais marcantes aconteceram no campo do arroz aromático no mês passado. Sustentado por consistente demanda do Oriente Médio para o arroz basmati, o sub-índice Aromático avançou 0,9 por cento para chegar a uma elevação em 11 meses de 218,8 pontos. Em contraste, os sub-índices Indica e Japônica de qualidade superior perderam perto de um ponto em maio, enquanto a sub-índice de qualidade inferior Indica manteve-se constante.

Pode-se registrar que as cotações de arroz Índica estavam entre firmes a mais fraca em grande parte da Ásia. Na Tailândia e no Paquistão, os preços tiveram queda, com um ritmo lento de vendas compensado pelos movimentos das moedas nos dois países. Na Índia e no Vietnã, as cotações do arroz branco provaram mais resiliência, estabilizando em torno dos níveis de abril, embora a firmeza não se estendesse ao mercado parboilizado da Índia.

Os valores do IR36 indiano, com 5% de quebrados, parboilizado, caiu 3,7 por cento, para USD 368 por tonelada, como o ritmo lento de vendas para a África Ocidental, o que foi agravado por perspectivas de embarques ainda menores para Bangladesh nos próximos meses. Nas Américas, os preços mudaram pouco na Argentina e Uruguai, enquanto foram fortalecidos no Brasil devido a menores vendas domésticas de arroz.

Por contraste, segundo a economista sênior da FAO, em Roma, Shirley Mustafa, nos Estados Unidos as cotações de grão longo concretizaram um ano de baixa, apesar de um impulso final em maio garantido por um acordo com o Iraque. Há, no entanto, a preocupação sobre atrasos de plantio da nova safra e até redução provocada por condições excessivamente úmidas por conta das chuvas em excesso nas regiões produtoras.

De acordo com o Índice, os preços internacionais nos primeiros cinco meses de 2019 se mantiveram 2,3% abaixo dos níveis do período homólogo de 2018.

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