Indicador já recua 5,8% em fevereiro com safra grande e conjuntura internacional

 Indicador já recua 5,8% em fevereiro com safra grande e conjuntura internacional

(Por Cleiton Evandro dos Santos (Revista Planeta Arroz / AgroDados /IMA) A aproximação do pico de colheita do arroz no Brasil e no Mercosul, a queda dos preços mundiais e os números revelados pela Conab, semana passada, e pelo Irga, atuais, de uma expressiva expansão na área semeada no Rio Grande do Sul deverão jogar mais pressão sobre as cotações do cereal nas próximas semanas. Até ontem, 18/2, o indicador dos preços do arroz em casca no RS, Cepea/Irga-RS, havia retraído 5,81%. Iniciou o mês em R$ 100,04, ou US$ 17,20, e chegou ontem a R$ 94,71 ou R$ 16,64. Importante ressaltar que no período o câmbio também mudou e passou de perto de R$ 6,30 para abaixo de R$ 5,80.

Segundo o Cepea, a comercialização do arroz “velho” (da safra 2023/24) no Rio Grande do Sul está ocorrendo de acordo com a disponibilidade, mas agentes consultados relatam encontrar, principalmente, o cereal com rendimento de 60% de grãos inteiros. Quanto à nova safra 2024/25, colaboradores indicam que, em algumas regiões, a chuva vem dificultando a colheita, enquanto em outras, a seca é preocupante.

No geral, os negócios relatados nesta terça-feira, 18, envolveram principalmente o arroz novo. Nesse cenário, o Indicador do arroz em casca Cepea/Irga-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista) fechou com queda de 2,23% em relação ao de segunda-feira, indo para R$ 94,71/sc de 50kg. A mudança do perfil do câmbio também retraiu as tradings, que deveriam entrar no mercado para exportar neste ponto das cotações. A grande questão é que os demais países do Mercosul estão com valores inferiores aos brasileiros. E isso estabeleceu uma competição entre as origens para os poucos clientes da América Central e do Norte.

O anúncio, feito ontem pelo Irga, de uma área semeada de 970 mil hectares – após um anúncio há um mês de que seriam 928 mil – na Abertura da Colheita do Arroz, gerou preocupações e elevou o temor de uma queda ainda mais grave nos preços. Embora as entidades tentem minimizar o avanço da área, o certo é que tivemos um janeiro com recordes de insolação e, aonde não faltou água, este é o clima perfeito para o desenvolvimento do potencial produtivo. Logo, teremos uma safra muito boa no Rio Grande do Sul se não houver uma catástrofe.

1 Comentário

  • Avisei lá em agosto de 2024 para não aumentarem área nessa safra 24/25… Agora a indústria vai querer liquidar as CPRs em 15/03/25 por R$ 80… Não adianta colher 350/400 sacos por quadra!!! Não vai cobrir nunca os custos… Pelo simples fato de que se exige maior tecnologia e insumos para se produzir mais… O ponto de equilibrio no RS é 800.000 hectares no máximo! Só as exportações nos salvam esse ano…

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