Índios Bororos festejam a colheita do arroz
A satisfação da aldeia não é apenas pelo arroz, mas pela fartura com as plantações de feijão, milho e banana.
Os índios das aldeias Tadarimana e Praião, em Rondonópolis, colhem a terceira safra de arroz, com a expectativa de armazenar 1.500 sacos. Comida que dividida entre todas as famílias e que garante alimento o ano todo. Desta vez foram plantados 17 hectares com a variedade cambará, valorizada pelo alto nível de produção.
– Estamos muito alegre, essa colheita é o faltava na comuniade – disse Roberto Cutreu.
A satisfação da aldeia não é apenas pelo arroz, mas pela fartura com as plantações de feijão, milho e banana.
– Com tanta coisa plantada aqui, não vamos mais passar necessidade – reforça o cacique Moacir Coguiepa.
A lavoura de arroz foi dividida em 84 talhões distribuídos entre as famílias, e para garantir que nada se perca, cada família colhe a parte que tem direito e assim todos recebem o necessário para sustentar a casa. Além da distribuição e da colheita, toda a armazenagem é feita pelos bororos. E a participação deles no processo permite que a Prefeitura trabalhe em favor da comunidade indígena, preservando a cultura e os costumes desse povo.
Em contrapartida, o suporte técnico da lavoura é garantido pela Secretaria Municipal de Agricultura que fornece insumos, maquinário e um agrônomo que acompanha o plantio.
A lavoura deste ano surpreendeu o prefeito, que embora tenha trabalhado na agricultura por muitos anos, disse que nunca viu uma plantação tão bonita.
– Esta colheita superou as expectativas, reduzimos a área plantada, mas com essa nova variedade, vamos ter a mesma quantidade que no ano passado, isso quer dizer que todas as famílias dessas aldeias vão ter o que comer, por muito tempo.