Indústria mineira pede prorrogação da isenção da TEC até 28 de fevereiro

Presidente do SIndarroz-MG, explicou que na avaliação do sindicato e das indústrias filiadas, há argumentos suficientes para pedir que o governo prorrogue até 28 de fevereiro a entrada de arroz de terceiros mercados no Brasil.

 As indústrias de arroz de Minas Gerais deflagraram um movimento em defesa da prorrogação da medida do governo federal que isentou a importação do grão de terceiros mercados da Tarifa Externa Comum (TEC). A taxa incide em 12% sobre o arroz beneficiado e 10% sobre o arroz em casca no caso da carga ser originada fora do Mercosul.

Jorge Tadeu Meireles, presidente do SIndarroz-MG, explicou que na avaliação do sindicato e das indústrias filiadas, há argumentos suficientes para pedir que o governo prorrogue até o dia 28 de fevereiro, no final do ano comercial, o prazo de entrada de arroz de terceiros mercados no Brasil. "Além do prazo hábil inicial ser curto, do final de setembro até meados de dezembro, na prática, houve muitos problemas com a liberação do produto da Índia, que vai atrasar, da Guiana, e também houve perdas na perspectiva de safra gaúcha por causa da estiagem. Os produtores do Sul estão reclamando de lavouras desuniformes e falta de de água nas barragens, o que faz as indústrias do Centro do País ficarem ainda mais preocupadas com os preços da matéria-prima e e a própria regularidade do abastecimento", frisa o dirigente.

O pedido foi repassado a deputados federais, senadores, governo mineiro e integrantes do governo federal. "Também encaminhamos a demanda por meio da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais", enfatiza.Segundo Meireles, os problemas com a Índia estão ocorrendo em três momentos. "Falta contêineres pela forte demanda na Índia, eles estão em lockdown por causa do avanço do Covid-19 e a previsão dos navios é de chegar aqui só em janeiro ou fevereiro", reconhece. Cerca de 15 mil toneladas de arroz para Minas, Goiás e São Paulo deverão atrasar, pois a previsão inicial era para entrega em outubro ou novembro.

"Prorrogar é uma medida de proteção às empresas nacionais que buscaram agir de acordo com a norma de isenção e acabaram prejudicadas por causa da alta do dólar e da crise logística nas origens", reconhece. Ao mesmo tempo, a indústria mineira está consultando preços na Tailândia.

GUIANA

As indústrias catarinenses que haviam importado 44 mil toneladas de arroz em casca da Guiana, em dois navios, conseguiram destrancar as cargas com uma concessão especial de liberação do produto frente a algumas exigências.

TARIFA ZERO NÃO INTERFERIU NA IMPORTAÇÃO

A importação de arroz em outubro não sofreu influência da implementação, no mês anterior, de uma cota sem tarifa para compra de 400 mil toneladas do produto de fora do Mercosul até o final do ano, apontou o Ministério da Economia nesta terça-feira.

A decisão foi tomada pelo governo em meio à expressiva alta no preço do arroz no país.

"Observamos um crescimento da importação do arroz sem casca, mas de países do Mercosul, que já têm tarifa zero.

Então não observamos ainda uma utilização da cota após a sua implementação", afirmou o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior, Herlon Brandão, em coletiva de imprensa. Em setembro, o Ministério da Economia havia feito a mesma avaliação.

3 Comentários

  • Tem que importar a vontade… Tem que liquidar com nosso produtor! Essa é a indústria brasileira. Se a Ministra acatar tal pedido duvido que algum produtor de arroz fique contente. Em 28 de fevereiro teremos muita gente colhendo no RS e SC… Não se justifica tal medida de forma alguma! Mineirin bobin querendo ganhar muito dinheirin! Vão carpir uma horta!

  • Se já vai ter arroz do Paraguai q é tarifa zero, não veria motivo pra importar de outros lugares com qualidade duvidosa. Estender as tarifas vai prejudicar o produtor daqui q já opera com custos mais altos pra produzir. Sds.

  • Caros srs, varejistas, e consumidores, as informações que chegam para nós, através de fontes das próprias industrias que estão importando, são de muita apreensão, isto devido a qualidade do arroz comprado que chegará nas unidades de beneficiamento de nossas indústrias. ( mesmo dos EUA, e que se dirá da Índia ).
    Não tenho autorização ( por motivos óbvios ) para divulgar o nome da indústria da região que importou 50.000 sacos dos EUA ou de outra origem , não me foi confidenciado, porém com grande probabilidade de ser da América do Norte, para desembarque em dezembro ao preço de R$ 112,00 o saco colocado na unidade. Base casca.
    A tensão nesta indústria é grande, já estão se preparando para o pior, ou seja, se deram por conta que importaram quirera. ( mais quebrados do que inteiros ).
    Portanto caros amigos, a industria que importa arroz com origem de fora do bloco, está sujeita a ”dar um tiro nos pés .” Isto por que os consumidores brasileiros estão acostumados a degustarem arroz de qualidade, branco ou parbolizado, produzido aqui na Argentina, Uruguai e até mesmo no Paraguai.
    Estas importações de fora do bloco vão deixar deixar as indústrias que importarem, com sabor amargo em suas finanças, pois logicamente, não há como garantir a qualidade do produto que será entregue!!!
    O consumidor é soberano em suas compras, em breve se verá o ”grito” de repudio pelo arroz importado nas gôndolas!!!

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