Inflação para baixa renda tem a maior variação

Para o economista da FGV, André Braz, a elevação dos custos para os mais pobres é um movimento pontual, e a tendência é que a inflação para as famílias de menor renda arrefeça em fevereiro e março.

A inflação para as famílias com menor renda — de um e 2,5 salário mínimos — registrou, em janeiro, a maior variação desde maio de 2008, segundo dados divulgados ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A alta de 1,32% no IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) no mês passado teve influência do aumento das tarifas de ônibus e de alimentos cuja oferta foi prejudicada pelas chuvas que vem atingidos as regiões Sul e Sudeste do país.

Para o economista da FGV, André Braz, a elevação dos custos para os mais pobres é um movimento pontual, e a tendência é que a inflação para as famílias de menor renda arrefeça em fevereiro e março.

“Para fevereiro, deve haver uma redução substancial, com menos impacto das tarifas de ônibus e dos alimentos. Não espero uma inflação na casa de 1%. Há espaço para cair para um patamar entre 0,40% e 0,50%”, afirmou.

Arroz e feijão — Dois dos principais produtos da mesa do brasileiro, o arroz e o feijão, tiveram a produção impactada pelas chuvas, prejudicando a oferta. O resultado foi uma elevação significativa nos preços. O arroz subiu 5,13% dentro do IPC-C1, após variação positiva de 0,38% no mês anterior; já o feijão ficou 2,92% mais caro, após registrar deflação de 3,73% em dezembro.

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