Inovação é o caminho para o arroz

 Inovação é o caminho para o arroz

Consumidor quer mais produtos diferenciados.

Um dos desafios da cadeia produtiva do arroz é aumentar o consumo do cereal no Brasil, que vem registrando redução no consumo per capita e um leve aumento proporcionado pelo crescimento demográfico. Para isso, é preciso que a indústria passe a inovar, lançando no mercado novos produtos à base do cereal. 

“A inovação é a chave. O consumidor quer novidade e praticidade”, salienta o consultor da Safras & Mercado, Tiago Sarmento Barata, que palestrou no I Simpósio Planeta Arroz/Indústria em Foco. Mestre em agronegócios e especialista em mercados e consumo de arroz, Barata destacou que os padrões de consumo vêm sofrendo alterações com o passar do tempo em função da renda das pessoas e do surgimento de novos produtos no mercado. Principal fator é a mudança no estilo de vida da população. Foi-se o tempo em que um trabalhador fazia as refeições em casa. 

A região sul do Brasil, onde se produz a maior parte do arroz consumido no país, é a que menos consome o cereal. De acordo com Barata, são vários os fatores que levam a população a comer menos arroz, como o crescente ingresso das mulheres no mercado de trabalho, o que acaba motivando que as pessoas façam as refeições fora de casa. Ele cita também a exigência cada vez maior por praticidade no preparo dos alimentos e substituição das refeições tradicionais por fast-food. “O lançamento de produtos visando a praticidade na preparação é um caminho para aumentar o consumo”, frisa o consultor.

 

Mercados

Além disso, Barata enfatiza que a indústria deve estar atenta a dois mercados, um formado por pessoas de menor poder aquisitivo, que desejam um produto de custo menor, e o da classe mais abastada, onde o preço não é o que importa e existe “envolvimento emocional”. Conforme Barata, a indústria está em um ambiente cada vez mais competitivo e dinâmico, onde é preciso monitorar as variações comportamentais do consumidor para que seja possível captar as tendências. 

“É preciso uma maior apro-ximação e comprometimento da indústria com o consumidor”, frisa Barata. Segundo ele, pela própria exigência do consumidor, o mercado sinaliza para o caminho da inovação. Dentro desse contexto, a indústria de arroz precisa, cada vez mais, se adaptar a esta nova realidade e estruturar-se como uma indústria de alimentos. 

“O aproveitamento de derivados e a agregação de valor ao produto arroz é mais do que um fator de inovação, uma exigência do mercado e um condicionante para o melhor desempenho futuro das empresas”.

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