Internacionalização do arroz latino-americano

 Internacionalização do arroz latino-americano

O mercado global do arroz está dividido entre o mercado do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul. No norte se encontram os maiores produtores e consumidores – países asiáticos –, bem como o principal centro de negociações – benchmark – que agrega as negociações e orienta os preços em todo aquele hemisfério, que é a Bolsa de Chicago. 

Abaixo da Linha do Equador há outro mercado de arroz, liderado por um gigante que é o maior produtor, consumidor e importador: o Brasil. Por incrível que pareça, esses mercados (do sul e do norte) não se comunicam entre si. “O Brasil, por sua grandeza e liderança no hemisfério, dita os preços abaixo do Equador e estes possuem baixa correlação com os preços do norte, o que abriria grandes oportunidades de arbitragem, caso tivéssemos dois benchmarks, cada um representando um mercado”, observa Antônio da Luz. 

Segundo ele, com a internacionalização do arroz latino-americano que está neste momento em franca expansão, à medida que o Brasil amplia seus destinos de exportação o mercado passa a necessitar ainda mais de um instrumento de proteção às oscilações, além de um referencial ou benchmark que seja capaz de ditar os preços no bloco e relacioná-lo com outros referenciais, como a Bolsa de Chicago, por exemplo. 

Para o economista, este é mais um motivo para criação de Contrato Futuro e de Opções para o Arroz no Brasil, com vistas a trazer produtores, indústrias, especuladores, arbitradores, investidores institucionais, etc, de todo o mundo para o mesmo ambiente, além de players internacionais. “Não há transparência na formação de preços e tampouco padronização dos contratos e ambiente comum de negociação. Sendo assim, o arroz tende a apresentar menor volatilidade que os demais grãos que são negociados em bolsa, porque estes obtêm maior atratividade por parte dos especuladores”. 

PERFIL 

O projeto de criação de Contratos Futuros e de Opções de Arroz na BM&F/Bovespa foi desenvolvido pelo economista do Sistema Farsul, Antônio Newton Corrêa da Luz, e pelos operadores da XP Corretora, Leandro Paz e Paulo Chiarelli. Segundo os autores, essa é condição básica no agronegócio para atrair os grandes players, especialmente os investidores institucionais (fundos de pensão, seguradoras, etc) que influenciam fortemente os preços, na maior parte do tempo para cima. 

A volatilidade (VolatH30) do Contrato Futuro de Arroz na Bolsa de Chicago (CBOT) em comparação com as VolatH30 de milho e soja dos contratos futuros negociados na BM&F/Bovespa mostra que há uma significativa alteração e o arroz passa a se destacar como um dos produtos mais voláteis em relação a sua cotação

3 Comentários

  • operar arroz no mercado futuro, seria uma ferramente valiosa para comercialização e proteção do produtor, principalmente pela entrada de investidores internos e externos.tenho esta expectativa a muito tempo.

  • arroz no mercado futuro resolve metade dos nossos problemas.

  • Alguém já ouviu falar na quebra do Banco Sulbrasileiro, Familia Maisonave, pois então deem uma pesquisada no Google e vejam quem é que quer fazer a arbitragem de contratos Futuros de arroz no Brasil (Chamada XP) a empresa de ações que mais cresce no Brasil, como isso??? São oriundos de um Banco quebrado e formaram uma empresa milionária e agora querem especular com o arroz… é pessoal, produtores e indústrias… abram o olho… se nao a coisa vai ficar preta… Chicago… Até que ponto o mercado e a bolsa de Chicago é relacionada com o Brasil???

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