Investimento em marketing pode elevar o consumo de arroz

Para Tejon, o grão está inserido em toda a sociedade, e não apenas na mesa do consumidor.

O Dia do Arroz Irrigado, realizado tradicionalmente na Casa da RBS durante a Expointer, iniciou com o fórum “Marketing e Gestão do Agronegócio do Arroz. José Luiz Tejon, consultor da TCA International, abordou a importância do tema para o agronegócio, para que o produtor consiga diferenciais que aumentem a sua competitividade.

“Para começar, temos que parar de falar do arroz como um complemento e passar a tratá-lo como o centro da refeição, relata, destacando que a metade da população mundial tem 80% da alimentação baseada no cereal. “Este percentual não pode ser desprezado, frisa.

Para Tejon, o grão está inserido em toda a sociedade, e não apenas na mesa do consumidor. “Num casamento, os noivos recebem uma chuva de arroz na saída da
igreja. No estádio de futebol, a torcida do Fluminense comemora a entrada do time em campo jogando pó de arroz para cima, exemplifica.

De qualquer forma, falta trabalhar o marketing do setor. O produto se faz na fazenda, mas o marketing é realizado na cabeça das pessoas, adverte. Segundo ele, não é por acaso que a renda do trabalhador cresce e o consumo de arroz não acompanha este movimento. “É necessário um diálogo com a sociedade, para que o cliente fique satisfeito, pondera. Além disso, este canal de comunicação poderia melhorar a imagem do ruralista no Brasil, já que em outros países, como França, Estados Unidos e Holanda, ele é tratado com distinção pela população urbana.

O consultor lembra ainda que a cadeia produtiva precisa se organizar melhor, e não promover a autodestruição, como ocorre habitualmente entre o orizicultor e a indústria. “Todos os elos devem andar juntos e no mesmo sentido, adverte.

Rogério de Mello Bastos, consultor do SEBRAE no Rio Grande do Sul, discorreu sobre a gestão na propriedade rural. “O grande desafio é controlar o negócio, produzindo com uma margem sustentável, explica, salientando que isto é possível com produtividade, qualidade e gestão.

Conforme Bastos, o rizicultor tem de fazer o controle financeiro de sua atividade, como o caixa, o custo de produção, a lucratividade e a rentabilidade. “Também são importantes os valores ambientais, já que o consumidor quer saber a origem do alimento que ele vai ingerir, finaliza.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter