Irga completa 78 anos nesta quarta-feira
O instituto é mantido pelo pagamento da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura.
O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) está comemorando 78 anos de dedicação ao setor orizícola nesta quarta-feira (20). A autarquia possui trabalhos nas áreas de pesquisa e extensão rural reconhecidos internacionalmente, sendo o único órgão brasileiro que trabalha conjuntamente nessas duas áreas.
O Irga chega aos 78 anos com muita disposição para seguir na defesa do setor arrozeiro, dar continuidade aos investimentos em pesquisa e inovações tecnológicas. Realizar o suporte técnico ao produtor com responsabilidade por meio de ações como: técnicas de manejo; genética para altos rendimentos; boas práticas agrícolas; racionalização de estações de bombeamento; infraestrutura para drenagem e irrigação; transferência de tecnologias para a alta produtividade, entre outras.
A trajetória do Irga começou com a iniciativa do Sindicato Arrozeiro do Rio Grande do Sul, que para dinamizar a cultura no Estado resolveu transformar o sindicato no Instituto do Arroz do Rio Grande, no dia 31 de maio de 1938, sendo oficializado pelo Decreto nº 7.296. Seu principal objetivo era a defesa dos segmentos da orizicultura, o desenvolvimento de pesquisa e assistências técnicas aos produtores.
No dia 20 de junho de 1940 foi criado como entidade pública, já com o nome de Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), por meio do Decreto-Lei nº 20, tendo como finalidade principal incentivar, coordenar e superintender a defesa da produção, da indústria e do comércio de arroz produzido no Estado. Finalmente, em 31 de dezembro de 1948, o Irga foi institucionalizado por meio da Lei nº 533, que em 2011 recebeu modificações pela Lei nº 13.697.
O instituto é mantido pelo pagamento da Taxa de Cooperação e Defesa da Orizicultura (CDO), também criada originalmente pela Lei nº 533, de 1948. A taxa CDO correspondente a 18,83% da UFIR por cada saco de 50 kg de arroz que é paga por importadores, beneficiadores e exportadores do arroz em casca e em qualquer estágio de industrialização.
Entidade pública, o Irga é uma autarquia administrativa do Estado do Rio Grande do Sul, subordinada à Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação, mas com independência administrativa, financeira e orçamentária. Sua finalidade é promover o desenvolvimento sustentável do setor orizícola do Rio Grande do Sul por meio da geração e da difusão de conhecimentos, de informações e de tecnologias, bem como propor políticas de interesse setorial e do consumidor.
Sua sede é em Porto Alegre (RS), na Avenida Missões, 342, bairro São Geraldo, onde fica a Diretoria Executiva, formada pelo presidente e seus diretores técnico, comercial e administrativo, e os demais departamentos, assessorias e divisões. Além da Diretoria Executiva, o Instituto é administrado por seu Conselho Deliberativo, formado por 76 produtores rurais e quatro integrantes indicados pela indústria e comércio do arroz e dois indicados pela Federação das Cooperativas de Arroz do Rio Grande do Sul Ltda, e por uma Comissão de Controle, com integrantes das secretarias estaduais da Agricultura, Planejamento e da Fazenda.
O Irga também possui uma Estação Experimental do Arroz na cidade de Cachoeirinha (RS), seis Coordenadorias Regionais e Núcleos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Nates) em outros 41 municípios gaúchos. Mantém ainda campos experimentais regionais em Uruguaiana, Santa Vitória do Palmar, Cachoeira do Sul (junto à Barragem do Capané), Palmares do Sul (na Granja Vargas), Camaquã e Torres.
Entre os principais serviços prestados pelo Irga estão: Análise de solo, água e sementes; Produção e distribuição de sementes básicas; Divulgação diária da previsão do tempo para todo o RS; Planejamento de lavouras; Projeto de sistematização do solo; Promoção de palestras, cursos e seminários; Incentivo ao consumo do arroz; Publicação da revista Lavoura Arrozeira; Licenciamento de cultivares de arroz e soja; Divulgação dos números das safras e da taxa CDO; Promoção de Dias de Campo; e Manutenção de Biblioteca com amplo material de pesquisa.
Em 2015, o instituto desenvolveu o Programa de Valorização do Arroz (Provarroz) com a finalidade de conscientizar a população sobre os benefícios do arroz para a saúde e transmitir conhecimento também sobre seus derivados, como a farinha de arroz, por exemplo. Suas principais atividades são palestras e oficinas para escolas e merendeiras da rede pública, universidades, distribuição de materiais informativos, publicações de livros sobre o cereal, entre outras.
Outro destaque da autarquia é o Projeto 10+, que foi criado com o objetivo de elevar a produtividade média de arroz no Rio Grande do Sul, reduzir os custos de produção e aumentaro antecipado, época de semeadura, cultivar/semente certificada, densidade, adubação de base, controle de plantas daninhas, adubação de cobertura, manejo da irrigação e manejo integrado dear a rentabilidade do produtor. O projeto, que conta com a parceria do Fundo Latino-Americano para o Arroz Irrigado (Flar), tem por base dez passos fundamentais: planejamento da lavoura, prep doenças e pragas.