Irga confirma recorde produtivo em 2024/25 e projeta queda de 5% em área para 2025/26 no RS

(Por AgroDados/Planeta Arroz) O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) confirmou nesta segunda-feira, durante a programação do Dia do Arroz, na Expointer, em Esteio (RS) que o Rio Grande do Sul colheu um recorde de produtividade na safra 2024/25, com 9.044 quilos de arroz em casca, seco e limpo, por cada um dos 968.860 hectares colhidos. Com isso chegou a uma produção total de 8.762.370 toneladas colhidas. A área semeada totalizou 970.216 hectares, ou seja, houve  uma perda aproximada de 1,3 mil hectares ao longo do ciclo passado.

Já para a próxima temporada, cuja semeadura já deve começar em 15 dias, a expectativa é de uma retração de 5,17% no Estado, para 920.o81 hectares. A Planície Costeira Interna será responsável pela maior redução proporcional, com – 10,77%, somando um plantio total de 94,9 mil hectares. A região central terá a menor redução, proporcionalmente, de 3 mil hectares, apenas, para 120.716 hectares totais. A maior área será semeada na Fronteira Oeste, com 271.828 hectares, com redução idêntica à média estadual.

Como na safra passada a intenção de plantio indicada pelo Irga durante a Expointer 2024 foi subdimensionada, com um erro de mais de 30 mil hectares, os agentes de mercado receberam com certa resignação as  notícias. Em primeiro lugar porque se constata que o RS colheu mais do que o previsto, em segundo lugar porque reduzirá menos área do que se esperava. A Federarroz, por exemplo, sugere que o ideal para buscar uma recuperação de preços seria uma retração de 15% nas áreas semeadas. Para alguns agentes da cadeia produtiva, uma redução de 5% é meramente ajuste de cortes de lavoura.

Ainda segundo apontaram os técnicos do Irga, a área total de terras de arroz que serão semeadas com soja totalizará 420.784 hectares, com  um avanço de 12,19% sobre a temporada passada. A expectativa de clima entre neutro e La Niña de fraca intensidade, e a boa reserva de água, ajudam neste sentido, mas para boa parte dos analistas, o que está pesando de verdade são os baixos preços e os altos custos do arroz. A soja, por sua vez, tem custo menor de implantação.