Irga debate armazenamento e custo de produção em Bagé
Na pauta do encontro, apresentada pelo conselheiro do Irga em Bagé, Valdir Donicht, os principais assuntos foram a instalação do escritório municipal em sede própria, plano de carreira dos funcionários, armazenamento, federalização da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) e custo de produção do arroz.
Dentro da programação de interiorização do Governo do Estado no município de Bagé, o presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Claudio Pereira, participou de reunião com lideranças do setor arrozeiro da região. Estiveram presentes produtores, conselheiros e representantes de associações.
Na pauta do encontro, apresentada pelo conselheiro do Irga em Bagé, Valdir Donicht, os principais assuntos foram a instalação do escritório municipal em sede própria, plano de carreira dos funcionários, armazenamento, federalização da Companhia Estadual de Silos e Armazéns (CESA) e custo de produção do arroz.
Primeiro tema a ser discutido, o problema de armazenamento em armazéns da CESA é uma das principais preocupações apontadas pelos arrozeiros. Segundo Claudio Pereira, apesar de a companhia ter enfrentado, inicialmente, dificuldades por estar inadimplente junto ao Governo Federal, hoje o credenciamento dos armazéns já está sendo possível e a CESA reservou espaço para os produtores fazerem diretamente o depósito do arroz. “Sendo uma empresa pública, a CESA tem que prestar serviço público e não através de empresas que adquiram primeiramente o espaço”, acrescenta Pereira.
Quanto à federalização da companhia, o presidente do Irga declara que foi uma ideia que surgiu a partir de dirigentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e que está praticamente descartada. “Operacionalmente, a CESA já trabalha com saldo positivo. O problema ainda é o passivo. Vamos recuperar a CESA e torná-la fortalecida”, salienta ele.
Uma sede própria para o 24º Núcleo de Assistência Técnica e Extensão Rural do Irga, que funciona em Bagé, foi outra reivindicação da classe. A proposta apresentada a Pereira é a instalação em um prédio que atualmente encontra-se desocupado e é propriedade do Instituto de Previdência do Estado (IPE). Hoje, o escritório funciona em prédio alugado. Claudio Pereira acolheu a sugestão e deve apresentá-la à Secretaria de Administração.
Em relação ao plano de carreira, o presidente da autarquia afirma que já está concluído e sendo analisado pela Secretaria da Fazenda, devendo ser encaminhado à Assembleia até outubro próximo. “O Irga é compromisso público do governador Tarso Genro e o novo plano de carreira vai valorizar o que temos de mais importante que são os funcionários”, declara.
Outro ponto amplamente debatido foi o custo do arroz. Os produtores defendem o preço de R$ 29 pela saca de 50Kg. Já Claudio Pereira questiona o método de apresentação do custo de produção. “Eu, como presidente de um órgão público, sou questionado diariamente e não posso me omitir. Quero que o Irga, juntamente com todo o setor, debata a forma de apresentar esse custo. Há uma amplitude muito grande. Não podemos generalizar, dizendo que todos produzem com R$ 29 de custo”, ressalta Pereira.