Irga divulga resultados da colheita no Rio Grande do Sul

A produção total foi de 6,821 milhões de toneladas, uma redução de 15,23% sobre a colheita recorde de 8,047 milhões alcançadas na safra anterior.

O Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) divulgou nesta terça-feira, (20), os números finais da colheita no Rio Grande do Sul, após a realização de um censo onde foram coletadas informações de aproximadamente 70% dos produtores do Estado.

Na safra 2009/10, a área cultivada foi de 1.085.975 hectares, 1,78% inferior aos 1.105.728 hectares semeados na safra anterior. A área colhida foi de 1.056.896 hectares, tendo como área perdida um total de 29.079 hectares, o que representa 2,68% do total da área cultivada. A perda ocorreu, quase que exclusivamente, pelas enxurradas provocadas pelo fenômeno El Niño, acontecendo no período da implantação e do desenvolvimento da lavoura no Estado. O fator climático também determinou o atraso do plantio e afetou a produtividade média da lavoura. Aproximadamente, 3,5 mil hectares foram atingidos por granizo, sendo que, cerca de 2,5 mil hectares tiveram perdas totais.

A produtividade média alcançada foi de 6,4 toneladas por hectare, sendo 11,34%, ou quase 800 quilos abaixo da produtividade da safra passada que foi de 7,2 toneladas por hectare. A região da Fronteira-Oeste apresentou a maior produtividade média, com 6,9 toneladas por hectare, tendo uma redução de 10,89% sobre a safra anterior. Após, a Zona Sul alcançou uma produtividade média de 6,8 toneladas por hectare, com 2,33% de redução. Com uma produtividade média de 6,2 toneladas por hectare, a região da Campanha teve uma redução de 15,29%. A Planície Costeira Interna obteve uma produtividade média de 6,1 toneladas por hectare, reduzindo 9,58%. Já a Planície Costeira Externa alcançou 6,1 toneladas por hectare, com redução de 9,54%. A região mais atingida pelas inundações foi a Depressão Central, com 5,6 toneladas por hectare, uma retração de, aproximadamente, 21% sobre a produtividade anterior.

Na região da Fronteira-Oeste, o município de Quaraí apresentou a melhor produtividade, com 7,7 toneladas por hectare colhidos. Em seguida, Uruguaiana teve uma produtividade média de 7,4 toneladas por hectare. As menores produtividades foram em Manoel Viana, na Fronteira Oeste, com média de 4,6 toneladas por hectare e São Francisco de Assis, na Campanha com 4,7 toneladas por hectare.

A produção total foi de 6,821 milhões de toneladas, uma redução de 15,23% sobre a colheita recorde de 8,047 milhões alcançadas na safra anterior. As perdas, em relação à safra anterior, foram de 1,226 milhão de toneladas. A produção da Depressão Central apresentou o recuo mais significativo em relação à safra anterior, com retração de 33,5% , seguida da Campanha com 19,5% e a Fronteira-Oeste com redução de 14,67% sobre a safra passada. A região da Planície Costeira Interna a retração foi de 9,67% sobre a safra anterior, enquanto a Planície Costeira Externa foi de 8,49%. A Zona Sul foi destaque com redução de apenas 3,79%.

Segundo o presidente do Irga, Maurício Fischer, a produção alcançada, apesar de todos os fatores climáticos desfavoráveis, ainda originou a quarta maior safra regional, justificada pela adoção de tecnologia e principalmente, por que 62% da área, ainda foi semeada dentro da época adequada, e com boa produtividade.

Deixe um comentário

Postagens relacionadas

Receba nossa newsletter