Irga e Bayer apresentam cultivar de soja durante Encontro em Santa Maria

 Irga e Bayer apresentam cultivar de soja durante Encontro em Santa Maria

Cerca de 200 produtores e técnicos participaram do encontro

Coube ao coordenador de Licenciamento de Soja para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina da Bayer, Adilson Ludwig, apresentar ao final do encontro, as características do novo material, a BSIrga 1642 IPro.

O 2º Encontro de Produção de Soja em Terras Baixas do Sul do Brasil culminou, na terça-feira (21), com o lançamento de nova cultivar de soja adaptada para cultivo em terras baixas, desenvolvida através da parceria entre o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga) e Bayer. Coube ao coordenador de Licenciamento de Soja para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina da Bayer, Adilson Ludwig, apresentar ao final do encontro, as características do novo material, a BSIrga 1642 IPro.

Segundo Ludwig, trata-se de material com perfil diferenciado, para atender a demanda do mercado de Intacta RR2 Pro. Depois do sucesso da BR Irga 6070 RR, trata-se de novo material tolerante ao excesso hídrico, testada em experimento para a região 101, a Metade Sul do Estado. Ela foi testada na safra 2013/2014, em três locais do Estado, em Cachoeirinha, Restinga Seca e Rio Grande; na safra 2014/2015, em Cachoeirinha e Santa Vitória do Palmar e em 2015/2016, em Restinga Seca. A média apresentada entre os vários locais foi de ciclo de 121 dias, 97 cm de altura e produtividade de 3.747 quilos por hectare. A época de plantio vai de outubro a dezembro.

Segundo ele, trata-se de cultivar adaptado a áreas para rotação com arroz irrigado, com tolerância ao excesso hídrico semelhante à TEC Irga 6070 RR, apresentando excelente potencial produtivo e tecnologia Intacta RR2. Destaca-se pelo vigor inicial, fundamental para o estabelecimento da lavoura no ambiente terras baixas. Ela estará disponível para os licenciados da Metade Sul, na safra 2016/2017, para utilização em áreas demonstrativas, disse.

No último dia do evento, os participantes do encontro foram divididos em cinco grupos, identificados pelas cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho, onde responderam a questões como o aprendizado incorporado em relação à cultura da soja em área de várzea, levando em conta o que ocorreu na safra 2015/2016; como reproduzir o que foi realizado na lavoura demonstrativa para a lavoura como um todo; as principais estratégias de transferência de tecnologia do projeto para a safra 16/17 tendo como referência as 24 lavouras demonstrativas, com foco na implantação e condução de 50 áreas, entre outras.

Nas suas apresentações, os grupos foram unânimes em solicitar roteiros técnicos e/ou seminários regionalizados sobre o projeto Soja 6000 e o lançamento de um manual com as normas técnicas do programa. Além disso, se mostraram favoráveis em relação ao sucesso da soja na várzea, levando em consideração os bons resultados obtidos apesar do clima chuvoso principalmente na época da colheita.

Em seguida, o pesquisador Alencar Junior Zanon falou sobre a realização do projeto em todo o Estado e do objetivo que é incentivar a rotação de culturas através do aumento da produtividade média e melhoria da estabilidade produtiva das lavouras de soja em áreas de arroz irrigado. O gerente de pesquisa do Irga, Rodrigo Schoenfeld, mostrou os resultados por unidade de validação. Segundo ele, das 24 áreas, 15 foram colhidas, obtendo-se média de 75,5 sacos por hectare ou 4.532 quilos por hectare, 57% acima da média do Estado, que foi de 2,9 mil quilos por hectare, na safra 2015/2016.

Schoenfeld também anunciou aos produtores o lançamento de Manual do Soja 6000, lançamento da nova cultivar na Expointer 2016 e também a realização de 50 áreas do projeto para a próxima safra. No final do encontro, foi sorteada uma televisão digital de 32 polegadas entre os participantes. O contemplado foi o produtor Fernando Rechsteiner, de Pelotas.

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