Irga propõe consulta à OMC

Setor orizícola quer detalhes sobre subsídios concedidos pelos EUA .

Setor orizícola quer detalhes sobre subsídios concedidos pelos EUA ao setor
O Instituto Rio-Grandense do Arroz (Irga) encaminhou ontem ao Ministério das Relações Exteriores (MRR) uma solicitação de consulta na Organização Mundial do Comércio (OMC) para apurar os subsídios fornecidos pelos Estados Unidos aos arrozeiros. Conforme o presidente do Irga, Pery Coelho, a ação antecederia a abertura de painel para resolução de divergências. Na audiência com o diretor do MRR, Roberto Azevedo, o dirigente gaúcho apresentou dados econômicos sobre os prejuízos à orizicultura brasileira. Com a diminuição dos subsídios, o arroz brasileiro retomaria competitividade, facilitando o escoamento da produção e melhorando os preços pagos aos produtores, avalia Pery. Nos últimos dez anos, os EUA subsidiaram as exportações com 9,8 bilhões de dólares. O relatório teve parceria do Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais (Icone).

Num outro encontro com o grupo de trabalho formado por assessores da presidência da república, da Casa Civil e dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, o presidente da Federarroz, Valter P’tter, apresentou sugestões de ações na tentativa de evitar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra a Lei 12.427, do deputado Jerônimo Goergen (PP). A legislação determina a fiscalização fitossanitária no ingresso de grãos do Mercosul na fronteira com o RS, o que é contestado pelo Uruguai.

Conforme o deputado Adão Villaverde (PT), a negociação envolve uma política que coiba a entrada indiscriminada de grãos e ações que assegurem mecanismos à comercialização e prorrogação de dívidas. Uma reunião entre produtores e governos de Brasil, Argentina e Uruguai está sendo cogitada. Villaverde está confiante que as medidas estarão na MP do Bem.

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