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Colheita no Paraguai começou em dezembro

Seca reduz área no Paraguai e cria tensão ambiental

Com alta competitividade em razão dos baixos custos de energia, terra e de mão de obra, – apesar de insumos mais caros e dificuldades de logística – o Paraguai está enfrentando problemas que são bem conhecidos das demais regiões arrozeiras do Mercosul: a elevação dos custos e, durante um período de estiagem, o aumento das tensões ambientais sobre as áreas de coleta de água para a irrigação. Boa parte da produção paraguaia está concentrada no sistema de irrigação do rio Tebicuary. Passando por um dos maiores períodos de estiagem desde 2019, que chegou a quase secar alguns pontos do Rio Paraná e torná-lo inavegável, os paraguaios também tiveram problemas com logística para exportar a terceiros mercados. Mas, se reinventaram.

O 2020 começou com demanda ao arroz paraguaio em plena safra, por parte de países da América Central. Então, com a seca do Rio Paraná, o escoamento através da Argentina e do Uruguai deu lugar a uma maior demanda brasileira. E dos países vizinhos, como Bolívia e Chile, que para ações alimentares passaram a comprar arroz de Tipo 2. A falta de água afetou a produção em alguns pontos do país. Tanto que as lavouras empresariais costumam ser plantadas entre 20 de agosto e 10 de outubro, e alguns produtores terminaram de plantar na virada do ano, após chuvas mais intensas. “Temos uma expectativa de área semeada um pouco menor por causa do clima, que não foi tão favorável, mas a produtividade e a qualidade do grão devem ser muito boas onde houve água suficiente”, resumiu Ignácio Heisecke, presidente da Associação Paraguaia dos Produtores de Arroz.

Com o quadro de oferta e demanda prevendo uma necessidade de o Brasil importar perto de um milhão de toneladas, a esperança do Paraguai é de que os preços se mantenham altos, o que tem acontecido no início do ano. A manutenção dos preços brasileiros acima dos 13 dólares é uma ótima notícia. O Brasil compra mais de 65% da produção anual paraguaia, que gira em torno de um milhão de toneladas e utiliza as mesmas cultivares do Rio Grande do Sul. A colheita guarani começou em dezembro, pela primeira vez nas temporadas mais recentes, ao mesmo tempo em que algumas lavouras arrozeiras eram semeadas.

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