Kátia vai ouvir arrozeiros
UCR quer lotar ônibus para audiência nesta segunda-feira, na capital.
O presidente da União Central dos Rizicultores, Pinto Kochenborger, convoca os produtores para participar de uma audiência nesta segunda-feira com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, para discutir a crise da lavoura de arroz e pedir apoio às demandas aprovadas na Carta de Cachoeira.
A ministra Kátia Abreu virá ao Rio Grande do Sul participar do ciclo de debates da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado sobre o Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016.
Pinto afirma que a senadora Ana Amélia Lemos conseguiu incluir a crise da lavoura na pauta da audiência, marcada para as 15h, no Teatro Dante Barone, na Assembleia Legislativa.
De acordo com Pinto, a ideia é lotar um ônibus com 50 produtores para a reunião com Kátia Abreu. “Queremos mostrar para ela que a lavoura está falindo e que os produtores precisam de ajuda. Algo precisa ser feito, caso contrário o produtor de arroz vai quebrar”, desabafa Pinto.
Há anos na linha de frente em defesa dos arrozeiros, Pinto não esconde estar decepcionado com a Farsul, a Federarroz e o Irga, entidades que representam os produtores.
“Parece que eles não estão vendo o que está acontecendo, que o problema é grave. Dizem apenas que é pontual, mas sabemos que a crise atinge todo o estado. Não sei o que estão pensando”, critica Pinto.
CARTA DE CACHOEIRA – O desconforto entre produtores e dirigentes de entidades de classe ficou claro na reunião ocorrida este mês em Alegrete, quando foi preciso muita pressão dos arrozeiros para que fosse aprovada a Carta de Cachoeira.
A Farsul considerou o conjunto de demandas solicitadas pelos produtores exagerado, e algumas acabaram descartadas. No entanto, os arrozeiros trancaram o pé e o documento foi aprovado na íntegra para ser encaminhado ao governo federal. A Carta de Cachoeira está nas mãos de Kátia Abreu.
>>IMPORTANTE
O presidente da UCR, Pinto Kochenborger, pede que os interessados em participar da reunião em Porto Alegre reservem um lugar no ônibus até o meio-dia deste domingo, pois é preciso enviar a lista de passageiros para o Daer. A passagem custa R$ 50,00 e a reserva é feita pelo telefone 9996-6166.
>>ATENÇÃO
A pressão dos arrozeiros está baseada no descompasso entre o custo de produção do arroz, em torno de R$ 40,00, com o preço do produto no mercado, cerca de R$ 33,00. Além disso, os recentes aumentos da energia elétrica e combustíveis são vistos como abusivos pelos agricultores.
3 Comentários
Ouvir ela vai, mas assimilar, compreender, e efetivamente tomar atitudes positivas para atender as demandas solicitadas é de se esperar sentado para ver.
Não dá para se esperar muita coisa dos representantes deste governo que está aí. Não se iludam. Se não for com muita pressão, com conversa mole, e mostrando planilhas de custos eles saem rindo dos encontros e fazendo piadinhas dos arrozeiros gaúchos. (Chorões).
o governo deve achar que é só choradeira mesmo, se esta dando prejuízo porque continuam prantando tanto, sou produtor a 40 anos planto apenas o que poço, sem pegar dinheiro do governo.
Perfeito seu Jaime… É bem isso !!! Eu não entendo porque muita gente segue plantando se não tem lucro… Se se endivida cada vez mais… E cheguei a conclusão que tem muita gente que trabalha só pela “bóia” quando para financiar a sua lavoura toma dinheiro de CPRs nas indústrias a juros de 30 ou 40% e uns troquinhos nos Bancos a juros subsidiados… Vem o ano de supersafra e quebram pelo simples fato de que não conseguem acumular gordura para enfrentar essas crises cíclicas da nossa lavoura… Outra coisa meus amigos lembrem-se sempre que quem financia a campanha eleitoral do políticos que nos representam são na maioria das vezes a médias e grandes indústrias… Eles precisam dos nossos votos, mas com certeza irão sempre defender os interesses daqueles que financiam as suas campanhas… O pessoal tem que acordar para a realidade… Os arrozeiros estão ilhados cercados de tubarões… Ninguém vai nos ouvir a léguas de distância se não reduzirmos drasticamente o tamanho de nossas lavouras… se não fizermos como o seu Jaime faz… Plantar com o que temos de recurso e diminuirmos um pouco o nosso olho… Plantar arroz com dinheiro dos outros, estrutura dos outros, mercado dos outros é pedir para tomar no r…bo !!! Nada vai mudar, nada vai melhorar… Vão alongar dívidas… Os preços vão dar uma melhoradinha na entre safra… Luz e diesel seguiram subindo… Tudo segue subindo… Só tenho certeza de uma coisa: VAI SER UM ANO TERRÍVEL PARA QUEM PLANTA, TANTO CLIMATICAMENTE COMO FINANCEIRAMENTE !!! A lavoura de arroz tem que começar do zero novamente… Não sei como mas vamos ter que nos reinventar com os poucos recursos que temos… Já está comprovado que em ano que dá ou tem pouco arroz os preços são melhores… E plantem soja pessoal… Que maneja essa cultura não tenha medo… Melhor prejuizinho com soja que tufão com arroz !!!